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Leitura na fase infantil deve ser incentivada

24 de Janeiro de 2021 às 00:01

Neste momento em que a maioria das famílias ainda estão em casa, ler com as crianças e incentivar o hábito da leitura pode transformar a relação familiar em algo mais prazeroso, além de aumentar os laços afetivos. Outro benefício é estimular o exercício da imaginação e o equilíbrio das emoções, essenciais neste período de incertezas.

A literatura também consegue ajudar a conversar sobre a morte, medos, raiva, e outros temas considerados “difíceis”, pois os livros são ótimos recursos para abrir espaços para boas conversas. Textos que trazem narrativas com temas delicados ajudam as crianças a elaborarem seus sentimentos e enfrentarem diversas situações, por meio das metáforas e narrativas criadas por diferentes autores.

“A dica é aproveitar qualquer tempinho livre e fazer desse momento algo prazeroso para todos. É possível associar a leitura com outras atividades da rotina, como ler antes de dormir, ou para inventar uma brincadeira a partir da história lida, por exemplo”, ensina Mariana Bruno Chaves, formada em Letras pela USP e responsável pelo desenvolvimento do material didático de Língua Pátria da escola Kumon.

Para que este momento em casa seja prazeroso para ambos, é importante procurar títulos de interesse da criança, fazer a mediação da leitura e compartilhar as opiniões. Elas aprendem com os pais e seguem o exemplo.

A especialista dá algumas dicas, como:

- Crianças aprendem pelo exemplo, vendo adultos lendo;

- Deixem os títulos por perto, de fácil acesso para criança;

- Conversem sobre os livros - a leitura pode virar assunto da família, assim como as notícias ou programas de televisão.

“A atividade também pode contribuir para um sono mais tranquilo. Com o contato seguro e afetivo entre pais e filhos, os pequenos se sentem acolhidos para mergulharem no universo da fantasia e do sonho. Uma boa história, ativa áreas do córtex motor, sensorial e frontal: fundamentais para assimilação de novas informações e para a construção de vínculos”, ressalta Mariana, especialista em literatura infanto-juvenil. (Da Redação)