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O que a ciência já comprovou sobre a prevenção ao Alzheimer

16 de Setembro de 2020 às 15:45

A causa do Alzheimer ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que seja geneticamente determinada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da forma mais comum de demência, responsável por uma média de 60 e 70% dos casos de deterioração da memória.

A doença ainda é diagnosticada por exclusão e relatos de familiares e o mapeamento de cérebro é realizado com segurança apenas após a morte. Apesar disso, a medicina já conta com algumas comprovações sobre como ajudar na prevenção ao Alzheimer.

Atividades físicas

Angélica Collado, graduada em medicina e editora do portal de saúde e auxílio ao consumidor SAUDÁVEL&FORTE, ressalta que o exercício físico é uma das formas eficientes de prevenir a doença neurodegenerativa. “Quando praticamos exercícios físicos, nossos músculos produzem irisina, um hormônio que protege o cérebro e restaura a memória afetada pela doença. Inclusive essa comprovação foi feita por um estudo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro”, destaca a especialista.

O estudo citado por Angélica também afirma que quem tem Alzheimer tem menos irisina. “Ainda não sabemos a dose certa de exercício (para que haja esse efeito). Mas ele certamente é fundamental para o metabolismo do cérebro e das doenças provenientes do desequilíbrio deste, como o Alzheimer. Temos que caminhar, nadar, pedalar ou correr. O tipo de exercício não importa. O fundamental é se exercitar, sempre, tornar isso parte da vida, rotina. Não é fácil, mas compensa”, disse Fernanda de Felice, uma das coordenadoras do estudo em publicação do Portal Extra.

Exercite seu cérebro

Estudar, ler, aprender coisas novas, fazer desafios, jogos, e até aumentar o convívio social ajuda a evitar a doença. A inatividade cognitiva aumenta em 19% o risco de manifestação do Alzheimer. Além disso, a ciência já sabe que ao estimular o cérebro com diferentes atividades ajuda os neurônios a estabelecerem mais conexões entre si e isso é excelente para contornar possíveis falhas e retardar a aparição de demências.

Alimentação saudável

Manter uma alimentação equilibrada é essencial para o bom funcionamento do corpo como um todo e a manutenção da qualidade de vida. A dieta mediterrânea, por exemplo, é ótima para a prevenção do Alzheimer, uma vez que conta com alimentos como frutas, verduras, legumes, peixes, azeite de oliva e cereais.

Uma das características desta dieta é que ela é rica em ômega-3. Um estudo do periódico Neurology revelou que o ômega-3 pode ajudar a reduzir o mal de Alzheimer. O consumo de folhas verdes diariamente pode atrasar em quase dez anos a perda de memória.

Controle do peso

Controlar o peso com algumas das dicas já citadas acima também é importante. É comprovado que artérias comprometidas pelo excesso de peso podem boicotar as atividades neuronais. Por isso é necessário estar atento ao nível de colesterol e açúcar no sangue, evitando também problemas sérios como diabetes e hipertensão. Já ter uma boa noite de sono ajuda na manutenção do peso e a gravar o que aprendemos durante o dia.