Buscar no Cruzeiro

Buscar

Saúde

Ministério lança campanha de incentivo à doação de sangue

15 de Junho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Cada doação de sangue pode salvar até quatro vidas.
Cada doação de sangue pode salvar até quatro vidas. (Crédito: DAVIDYSON DAMASCENO / AGÊNCIA BRASÍLIA)

Com o mote “Doe sangue regularmente. Você doa, a vida agradece”, o Ministério da Saúde lançou ontem (14) uma campanha para sensibilizar a população brasileira para a importância da doação de sangue. O objetivo é aumentar os estoques disponíveis nos hemocentros do País, que sofreram baixa durante a pandemia do novo coronavírus.

A secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Botelho, disse que a manutenção dos estoques é essencial em momentos graves e citou o exemplo das fortes chuvas que ocorreram há pouco mais de duas semanas em Pernambuco e Alagoas, vitimando centenas de pessoas.

“Devido às enchentes causadas pelas chuvas nos últimos dias, o Estado de Pernambuco teve de ativar o Plano Nacional de Contingência de Sangue e seis estados enviaram, com o apoio do Ministério da Saúde, 767 bolsas de sangue para lá”, disse. Ela pondera que, nesses momentos, os estoques acabam pressionados e é fundamental que a população seja solidária.

Ela lembra que, apesar dos avanços na medicina, o sangue permanece insubstituível. “Por mais que a medicina tenha avançado com vários paliativos sintéticos, não existe um substituto para o sangue.” Ela salienta, ainda, que não há risco de pegar doenças durante a doação. “Com uma doação você pode salvar a vida de até quatro pessoas que estão em risco”, acrescentou.

Maíra lembrou que o número de doadores de sangue apresentou uma melhora, no ano passado, em relação ao início da pandemia de Covid-19, quando os estoques sofreram redução de 10%. Em 2019, foram realizadas 3.271.824 coletas de sangue no país. Em 2020, o número caiu para 2.958.665. Já em 2021, o número subiu para 3.035.533 bolsas de sangue coletadas.

Durante o lançamento, o ministro da Saúde substituto Arnaldo Correia de Medeiros disse que, mesmo com o desafio adicional para a manutenção dos estoques de sangue do País, não houve falta de bolsas de sangue para a população nos dois últimos anos.

“Passamos dois anos extremamente difíceis por causa da pandemia e não faltou sangue. Isso mostra uma vigilância e atenção muito especial, pois só quem precisa sabe qual a relevância de não faltar sangue ou hemoderivados para que você possa garantir a vida”, disse.

Até marco de 2022, de acordo com a secretaria, foram coletadas aproximadamente 732 mil bolsas de sangue. Maíra lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de doadores de sangue na população seja de 1% a 3% -- no Brasil, foi de 1,4%, em 2021.

Para doar sangue, basta ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos precisam de consentimento formal do responsável legal); pesar no mínimo 50 kg; estar alimentado; não ingerir alimentos gordurosos antes da doação; ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas; e apresentar documento oficial de identificação com foto.

Uma única doação de sangue, de 450 ml, é suficiente para salvar a vida de até quatro pessoas. Além disso, essa quantidade é reposta no organismo em 24 horas. (Agência Brasil)