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Alerta às grávidas

Ministério da Saúde revela que elas são as principais vítimas da sífilis, concentrando mais da metade dos 115 mil casos confirmados em 2020

20 de Outubro de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
Fazer testes periódicos é uma forma de evitar o agravamento da infecção.
Fazer testes periódicos é uma forma de evitar o agravamento da infecção. (Crédito: DIVULGAÇÃO / MINISTÉRIO DA SAÚDE)

O Ministério da Saúde (MS) lançou na quinta-feira (14) a nova edição da Campanha Nacional de Combate às Sífilis. Neste ano, as ações destacam a importância do diagnóstico precoce e chama a atenção para a alta incidência da doenças em grávidas.

Como parte da campanha, foi lançado o Guia de Certificação de Transmissão Vertical. “É um guia que padroniza o procedimento para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis e/ou HIV para Estados e municípios com 100 mil habitantes ou mais”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. Além disso, o guia traz um selo de boas práticas para eliminar a transmissão vertical da doença.

Outro documento lançado na semana passada foi o Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis, que indica novas diretrizes e aprimora procedimentos para o diagnóstico precoce da doença. A campanha conta também com peças publicitárias estimulando a população a buscar a testagem para sífilis.

“As gestantes têm que testar para sífilis nos três trimestres. Mesmo que a mulher se trate, ela pode se contaminar novamente. É importante não só a gestante procurar o teste como tratar adequadamente, com penicilina”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara. Ele ressaltou que os parceiros também precisam ir ao pré-natal e procurar o teste. “É uma proteção para ele, para a parceira e para o bebê. Se tiver sífilis, a criança pode nem nascer ou nascer com sequelas”, disse Câmara.

Situação brasileira

No ano passado, foram registradas 115,3 mil pessoas que contraíram sífilis. Dessas, 61,4 mil eram gestantes e 22 mil eram crianças que contraíram a doença na modalidade congênita. Sobre a sífilis adquirida no conjunto da população, houve crescimento na década de 2010, com pico em 2018 e redução nos últimos anos.

Os Estados do Sul e do Sudeste foram os que registraram maior incidência da doença. Quanto à taxa por 100 mil habitantes, entre 2010 e 2020, as unidades da Federação com os maiores índices foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

Nesse período, as faixas etárias com maior incidência foram as de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos. Em termos de escolaridade, os principais percentuais foram ver registrados entre pessoas com ensino médio completo e fundamental completo.

Quanto à sífilis em gestantes, o Rio de janeiro foi Estado com maior taxa em 2020, seguido por Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Acre e Sergipe. Na modalidade da sífilis congênita, os Estados com as maiores taxas de incidência em 2020 foram Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Entre as ações para combater a doença, o secretário Arnaldo de Medeiros citou a distribuição de 8,6 milhões de testes rápidos para o diagnóstico dessa condição, de 1,1 milhão de frascos-ampola de penicilina benzatina, para sífilis adquirida, e de 46 mil frascos-ampola de penicilina cristalina, para sífilis congênita. (Da Redação, com informações do Ministério da Saúde)

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