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Alerta às grávidas
Ministério da Saúde revela que elas são as principais vítimas da sífilis, concentrando mais da metade dos 115 mil casos confirmados em 2020
O Ministério da Saúde (MS) lançou na quinta-feira (14) a nova edição da Campanha Nacional de Combate às Sífilis. Neste ano, as ações destacam a importância do diagnóstico precoce e chama a atenção para a alta incidência da doenças em grávidas.
Como parte da campanha, foi lançado o Guia de Certificação de Transmissão Vertical. “É um guia que padroniza o procedimento para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis e/ou HIV para Estados e municípios com 100 mil habitantes ou mais”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. Além disso, o guia traz um selo de boas práticas para eliminar a transmissão vertical da doença.
Outro documento lançado na semana passada foi o Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis, que indica novas diretrizes e aprimora procedimentos para o diagnóstico precoce da doença. A campanha conta também com peças publicitárias estimulando a população a buscar a testagem para sífilis.
“As gestantes têm que testar para sífilis nos três trimestres. Mesmo que a mulher se trate, ela pode se contaminar novamente. É importante não só a gestante procurar o teste como tratar adequadamente, com penicilina”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara. Ele ressaltou que os parceiros também precisam ir ao pré-natal e procurar o teste. “É uma proteção para ele, para a parceira e para o bebê. Se tiver sífilis, a criança pode nem nascer ou nascer com sequelas”, disse Câmara.
Situação brasileira
No ano passado, foram registradas 115,3 mil pessoas que contraíram sífilis. Dessas, 61,4 mil eram gestantes e 22 mil eram crianças que contraíram a doença na modalidade congênita. Sobre a sífilis adquirida no conjunto da população, houve crescimento na década de 2010, com pico em 2018 e redução nos últimos anos.
Os Estados do Sul e do Sudeste foram os que registraram maior incidência da doença. Quanto à taxa por 100 mil habitantes, entre 2010 e 2020, as unidades da Federação com os maiores índices foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
Nesse período, as faixas etárias com maior incidência foram as de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos. Em termos de escolaridade, os principais percentuais foram ver registrados entre pessoas com ensino médio completo e fundamental completo.
Quanto à sífilis em gestantes, o Rio de janeiro foi Estado com maior taxa em 2020, seguido por Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Acre e Sergipe. Na modalidade da sífilis congênita, os Estados com as maiores taxas de incidência em 2020 foram Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Entre as ações para combater a doença, o secretário Arnaldo de Medeiros citou a distribuição de 8,6 milhões de testes rápidos para o diagnóstico dessa condição, de 1,1 milhão de frascos-ampola de penicilina benzatina, para sífilis adquirida, e de 46 mil frascos-ampola de penicilina cristalina, para sífilis congênita. (Da Redação, com informações do Ministério da Saúde)
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