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Sequelas pós-COVID-19 são mais comuns do que se imagina

Protocolo de reabilitação pode devolver qualidade de vida aos infectados pelo coronavírus, que ainda sofrem com as consequências da doença.

08 de Setembro de 2021 às 14:09
Drª. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em reabilitação física e doenças raras.
Drª. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em reabilitação física e doenças raras. (Crédito: Divulgação)

No início do mês de agosto, a USP (Universidade de São Paulo) divulgou o resultado de uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas (HC), sobre sequelas da COVID-19 em pacientes que foram internados no HC, há um ano. E, para surpresa dos médicos que participaram dessa pesquisa, cerca de 70% dos infectados apresentaram algum tipo de sequela. Episódios de fraqueza, fadiga e falta de ar são alguns dos sintomas relatados.

Outros sintomas comuns que podem se desenvolver alguns meses após a infecção são: dor muscular, tosse, perda do olfato ou paladar. Problemas cardíacos, diabetes ou doenças renais também podem figurar como sequelas, mesmo nos casos mais leves da doença e o paciente estando totalmente curado. Outras, ainda que com menos frequência, envolvem outros sistemas do corpo, como o cardiovascular, respiratório, renal, neurológico, dermatológico, gastrointestinal, oftalmológico e endócrino.

“Esse resultado de 70% dos infectados apresentarem algum tipo de sequela é maior do que o esperado, porque esse tipo de contaminação não costuma deixar sequelas”, explica a Profª. Drª. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em reabilitação física e doenças raras.

Mas, então, por que isso acontece com algumas pessoas que foram infectadas pelo coronavírus? A Profª. Drª. Matilde explica: “no caso dos vírus respiratórios, constatou-se nesta pesquisa da USP que as vias superiores são atingidas pela contaminação das células. Porém, para o coronavírus, as vias respiratórias superiores são apenas a porta de entrada para as vias inferiores, permitindo, assim, que o vírus entre na corrente sanguínea e chegue em outros órgãos, podendo causar algum tipo de reação ou sequela”.

De acordo com a médica fisiatra, que atende pacientes com sequelas, sendo as lesões nervosas periféricas e o AVC (acidente vascular cerebral) as mais comuns dentre as consequências neurológicas, o processo de reabilitação contribui significativamente para uma melhora na qualidade de vida. “Cada caso tem uma indicação e um protocolo diferente. Mas, em linhas gerais, exercícios físicos com finalidades distintas e técnicas de estimulação de atividades de vida diária são recomendações que costumam apresentar bons resultados aos pacientes”, avalia.

Saiba mais em: www.dramatildesposito.com.br; nas redes sociais @dramatildesposito ou ligue para: (15) 3229-0202. O consultório da Profª. Drª. Matilde Sposito fica localizado na clínica Ápice Medicina Integrada, situada na Rua Eulália Silva, 214, Jardim Faculdade, Sorocaba/SP.