Uma mensagem de cooperação e amorosidade
Crédito da foto: Divulgação
Vanessa Marconato Negrão
Eu vivo me perguntando como o mundo seria se as pessoas pensassem primeiro na coletividade antes de pensarem em si mesmas. A palavra coletividade representa a união de esforços para um mesmo objetivo. Juntos somos mais fortes!
Na escola, nós, educadores, ensinamos as crianças sobre a importância de sermos um grupo que, como uma teia, estamos ligados uns aos outros. Nossas atitudes atingem a todos. Cada um de nós é único e muito importante, mas devemos permanecer lado a lado porque sempre dependeremos de outras pessoas para viver. Essa é a grande reflexão desse livro.
Um ratinho bebe o copo de leite que estava reservado para o menino. O menino chora com fome. O ratinho, arrependido, tenta conseguir mais leite com a cabra, mas não há leite, pois acabou também o capim que alimentava a cabra. O capim, por sua vez, secou pela falta d’água. E agora? Como trazer a água para que o capim cresça novamente? A jornada do ratinho se estende em obstáculos cada vez mais difíceis de serem superados. Contratempos provocados pelos estragos da guerra e da exploração incansável do meio ambiente.
“O rato e a montanha” é um conto da tradição oral da grande ilha italiana de Sardenha, no mar Mediterrâneo, originalmente transcrito por Antonio Gramsci em 1931. Enquanto esteve preso, o filósofo pediu a sua esposa Giulia que narrasse esse conto, que ele ouviu diversas vezes enquanto criança no vilarejo em que cresceu, a seus filhos Delio e Giuliano.
O livro é ilustrado por Laia Domènech e publicado no Brasil pelo selo Boitatá.
Vanessa Marconato Negrão é professora e apaixonada por literatura infantil.