O fantástico mundo dos desenhos e seus artistas
Deivid Leite faz releituras de desenhos clássicos e publica no Instagram: @deivid_kryptoniano. Crédito da foto: Acervo Pessoal
Papel, lápis, borracha, canetas e lápis de cor. O que acontece quando juntamos todos esses materiais com um pouquinho de imaginação? Riscos, traços, cores e formas transformam uma simples folha de papel em uma obra de arte. Tcharã: nasce um novo desenho. Pode parecer simples, mas desenhar não é uma tarefa tão fácil como muitas pessoas imaginam. Isso porque o desenho é uma obra de arte. E para fazer um desenho lindo e cheio de personalidade é preciso estudar bastante e treinar muito.
É o que o ilustrador e professor de desenho de Tatuí, Deivid Antônio dos Santos Leite, de 37 anos, tem ensinado aos seus alunos. “Estudando, você consegue aprimorar as habilidades. E a medida que você vai amadurecendo, você vai aprendendo técnicas diferentes”. Afinal, a evolução acontece aos poucos. Foi assim com o Deivid. A paixão do ilustrador pelo desenho começou bem cedo, quando ele ainda era uma criança de 5 anos. “Eu gostava muito de assistir desenhos animados. Então, eu terminava e já ia desenhar o que assisti”.
Crédito da foto: Acervo Pessoal
No início, Deivid começou a contornar desenhos usando papel carbono, até conseguir desenhar sozinho. Mas foi aos 7 anos que o ilustrador mergulhou de vez nesse universo, quando fez um curso gratuito para aprender técnicas de desenho. Depois disso, Deivid nunca mais parou de estudar e continuou fazendo cursos para se aperfeiçoar cada vez mais. “Sempre fui muito incentivado pelos meus pais e familiares. Isso foi me dando combustível para continuar”, lembra.
Crédito da foto: Acervo Pessoal
E ele continuou. Hoje, graduado em arte e filosofia, Deivid atua profissionalmente como ilustrador há mais de 20 anos e tem o próprio ateliê, onde ensina técnicas de desenho para os seus alunos. Nos últimos meses, ele ganhou grande repercussão na internet ao publicar releituras de desenhos dos anos 90, como He-Man, ThunderCats, Caverna do Dragão e Doug Funnie. “Eu sempre gostei de fazer releituras de desenhos e personagens, colocando a minha versão. E comecei a mostrar a vida de adulto dos desenhos da década de 90. Tem feito muito sucesso na internet”, conta ao dizer que atualmente usa uma caneta digital, um tablet e muita criatividade para fazer suas obras.
Apaixonado pela arte, Deivid não vive sem desenhar. “É como respirar. Fazer arte é terapêutico, alivia o estresse”. Para o ilustrador, o desenho é uma forma de comunicação. “Lá atrás, os nossos antepassados já se expressavam pelos desenhos, nas cavernas”. E hoje, segundo ele, não é diferente com os emojis, nas redes sociais. “Usamos os desenhos para representar o que estamos pensando”.
Renato Nakazone (@art.nakazone) faz da sua arte conscientização sobre o meio ambiente. Crédito da foto: Acervo Pessoal
E como forma de comunicação, o biólogo Renato Nakazone, de 23 anos, usa seus desenhos para conscientizar a importância da preservação dos animais e do meio ambiente. Com caneta nanquim, grafite, aquarela e lápis de cor, Renato transforma um papel em branco em desenhos incríveis e realísticos, sempre baseados no que se vê na natureza, como a flora e a fauna. Depois de fazer os traços à mão, o biólogo usa a tecnologia para colorir e dar vida às obras. “Eu pinto digitalmente, usando softwares. Percebi que a ilustração digital otimiza o tempo de produção, porque ela é mais versátil”, aponta.
A paixão de Renato pelo desenho surgiu ainda na infância, aos 5 anos. “Sempre desenhei despretensiosamente, de forma muito natural. E quando via alguém desenhando bem, eu ficava impressionado e queria desenhar igual”, lembra. Foi treinando sozinho, descobrindo novas técnicas pela internet, que o biólogo começou a se aperfeiçoar. “Com 14 anos fiz aulas de desenho, onde aprendi conceitos, anatomias e novas técnicas”.
Crédito da foto: Acervo Pessoal
Mas foi quando ingressou na faculdade que Renato descobriu a ilustração científica. “Voltei a desenhar e a ilustrar animais e a natureza, mas com um cunho mais social e realista. Todo mundo começou a elogiar. E percebi que eu gostava demais de fazer e que poderia levar isso para o lado profissional”, conta. Foi quando ele começou a se aprofundar na área. Há um ano, o biólogo passou a transformar seus desenhos em adesivos, como forma de dar mais visibilidade a sua arte. “Tenho tido uma boa repercussão nas redes sociais. Consegui vender adesivos para outros estados, como Rio de Janeiro, Manaus, Mato Grosso e Bahia”, conta ao dizer que também ilustrou o capítulo de um livro de seus professores da faculdade, sobre animais peçonhentos.
Para ele, o desenho é sinônimo de liberdade, expressão e reação de sentimentos. “Eu tenho vontade de desenhar e ela só passa quando eu desenho. É uma linguagem de expressão”, relata. E para quem está começando, Renato recomenda pesquisar bastante, praticar muito e consumir arte para criar referências. Deivid completa que para ser um bom desenhista é preciso ser um bom observador.
Para Larissa Ligéro Santos, de 10 anos, desenhar é expressar sentimentos no papel. Crédito da foto: Acervo Pessoal
É exatamente isso que a Larissa Ligéro Santos, de 10 anos, tem feito. Matriculada no 5º ano do Ensino Fundamental 1 no Colégio Politécnico, a estudante adora desenhar. “Eu me sinto solta, consigo expressar os meus sentimentos no papel”, descreve. Segundo ela, esse gosto pelo desenho vem desde pequenininha. “Minha mãe sempre comprava revistinhas para eu pintar. Depois, fui aprimorando mais os desenhos, assistindo vídeos no YouTube e no TikTok”, conta ao dizer que prefere desenhar rostos e olhos, usando técnicas de simetria.
Determinada, Larissa costuma desenhar pelo menos quatro vezes na semana. Sempre usando os materiais que tem em casa, como canetas, lapiseira e lápis de cor. “A gente pode fazer com o que tem em casa. Os materiais específicos são bem caros. Eu uso os materiais que comprei para usar na escola. Passo horas desenhando”, frisa ao destacar que prefere desenhar em seu quarto, no silêncio, para se concentrar melhor. Para criar uma obra, Larissa começa pelo esboço. “Depois vou aprimorando o desenho, até chegar ao resultado final”.
Crédito da foto: Acervo Pessoal
Apesar de aprender sozinha, um dia Larissa pretende fazer um curso de desenho. “Quero me aprimorar mais ainda. Já pensei em trabalhar com isso. Desenhar é uma das coisas que mais gosto. Já pensei em ser uma desenhista quando crescer”. Hoje, ao ver os seus primeiros desenhos, a estudante percebe a sua evolução. “Eu fico muito feliz, porque consegui aprimorar os meus desenhos. Consegui evoluir e também me sinto mais calma. Desenhar é uma forma de relaxar”, finaliza.
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Você também gosta de desenhar? Mande os seus desenhos para o Cruzeirinho pelo WhatsApp (15) 99614-5976. Junto com a foto do seu desenho, envie o seu nome completo, sua idade, série, cidade e o que mais gosta de fazer. Vamos adorar recebê-los e publicá-los! (Jéssica Nascimento)
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