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Crianças não votam, mas podem e devem debater as eleições

17 de Setembro de 2018 às 11:25

Eleições: a hora de escolher nossos representantes Crédito da foto: Fábio Rogério

O Cruzeirinho de hoje traz um tema considerado chato muitas vezes, mas é bem importante, porque influencia diretamente na vida de todos os cidadãos brasileiros: as eleições. E apesar das crianças não poderem votar, precisam se inteirar do assunto, afinal fazem parte da sociedade e as decisões dos políticos eleitos podem refletir no seu dia a dia também! Mas como? Os políticos eleitos podem criar ou alterar leis que modifiquem coisas na educação, na infância, no meio ambiente, na saúde... Por isso é bom você ficar ligado no tema!

Eleições: a hora de escolher nossos representantes “Ultimamente não anda tão bom nosso sistema. Bilhões são desviados de escolas para o bolso dos políticos. Sei disso porque vejo o jornal” - Ricardo Oliveira Prati, 11 anos. Crédito da foto: Fábio Rogério

As eleições ocorrerão no dia 7 de outubro de 2018, um domingo. O presidente é eleito pelo sistema majoritário, com possibilidade de segundo turno. Ou seja, para ganhar a eleição, ele precisa receber mais de 50% dos votos válidos. Se ninguém conseguir atingir essa marca no primeiro turno, os dois candidatos mais votados concorrem no segundo turno, que já está marcado para o dia 28 de outubro, que também cai num domingo.

Neste pleito serão eleitos o presidente e o vice-presidente, assim como membros do parlamento: deputados federais, estaduais, senadores e governadores dos Estados e do Distrito Federal. Brasileiros dos 18 aos 69 anos são obrigados a votar. Esse direito é facultativo para quem tem 16, 17 ou mais de 70 anos.

Propostas

Eleições: a hora de escolher nossos representantes “Queria que fosse eleito um presidente que a população pudesse confiar, porque entre os candidatos a gente não tem certeza se quem for eleito vai ser bom, se vai fazer alguma coisa boa” - João Pedro Bassul Sacchi, 11 anos. Crédito da foto: Fábio Rogério

O cientista político Olavo Furtado, professor de Sociologia e Direito na Universidade de Sorocaba (Uniso) explica um pouco sobre o assunto. Conforme ele, as pessoas optam por votar em um candidato e não em outro, por causa das propostas apresentadas. Ou seja, as pessoas escolhem de acordo com o que querem para o País. “Na realidade não se vota em políticos, mas em valores. Quando alguém diz que político é corrupto, é porque tem como valor prezar pela honestidade. Isso é um princípio, uma postura”, diz o professor. Ainda conforme Olavo, se alguém diz que não gosta de um candidato, é por causa de valores específicos que afastam esse ou aquele político.

Para Olavo, o ideal é manter valores que não sejam individualistas, mas que pensem no bem coletivo. Durante a semana passada, estudantes do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Uirapuru vieram conhecer o jornal Cruzeiro do Sul e conversaram com a reportagem a respeito de política.

Entre as diversas falas, disseram que querem ver melhoria para as escolas públicas e para a Educação de modo geral; querem também que os candidatos sejam verdadeiros; que tenha alguma campanha ensinando cidadania para as pessoas tomarem mais cuidado com o que fazem, como por exemplo jogar lixo no chão. Os alunos mostraram que sabem muito de política e que querem viver num País melhor.

Eleições: a hora de escolher nossos representantes “Eu queria que todas as crianças tivessem as mesmas oportunidades de estudo, que todas as pessoas fossem tratadas da mesma maneira, sem preconceitos por causa da classe social” - Samira Abdalla Campos, 11 anos. Crédito da foto: Fábio Rogério

Você sabe o que faz o ocupante de cada um dos cargos públicos?

Presidente da República: O presidente é a autoridade máxima da política brasileira. Ele acumula duas funções importantes: chefe de governo e chefe de Estado. Como chefe de governo, é responsável por decisões como gerir a administração federal, criar políticas públicas e programas governamentais, sugerir leis, dentre outras atividades. Já como chefe de Estado, é o representante máximo do País perante o mundo. É quem recebe autoridades estrangeiras e representa o país no exterior.

Vice-presidente: Caso o presidente eleito e empossado esteja ausente do País, quem assume a chefia da República é o vice-presidente, seguido do presidente da Câmara dos Deputados, do presidente do Senado e do presidente do Supremo Tribunal Federal, o último na linha de sucessão.

Senador: O senador faz parte do parlamento, formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados (federais), ou seja, o Congresso Nacional. Como parlamentares federais, senadores e deputados têm várias funções em comum, mas há algumas diferenças. Enquanto os deputados representam a população, os senadores representam as unidades da federação (Estados e Distrito Federal). Os projetos de lei do presidente que chegam à Câmara dos Deputados, precisam passar pela revisão do Senado. E os projetos feitos pelos senadores precisam passar pela revisão da Câmara. No entanto o senador é que é o único que pode suspender a execução de leis declaradas inconstitucionais.

Eleições: a hora de escolher nossos representantes “A função do presidente é cuidar do país, decidir o que é melhor para o país. A escolha do presidente é feita pela população que decide por meio dos votos qual vai ser o melhor” - Noah Mussi de Souza, 12 anos. Crédito da foto: Fábio Rogério

Deputado federal: O deputado federal tem como atribuições legislar e fiscalizar. Cabe a ele propor, discutir e aprovar leis, que podem alterar até mesmo a Constituição. É também o deputado federal quem aprova ou não as medidas provisórias, propostas pelo presidente. São os deputados federais que aprovam o Orçamento da União, ou seja, as despesas do governo federal.

Governador: O governador deve representar o Estado em todas as suas relações, sejam elas jurídicas, políticas ou administrativas. Também defende os interesses do Estado junto ao presidente. O governador possui a função de articulação política tanto com a esfera federal, quanto com os municípios.

Deputado estadual: O deputado estadual tem a tarefa de fiscalizar os atos dos governadores e secretários de Estado e de legislar em âmbito estadual. Pode propor ou revogar leis que estejam em vigor, desde que não invada a competência da União e dos municípios. É quem discute a elaboração do orçamento do seu Estado, distribuindo a verba conforme cada área de interesse público, como saúde, educação, cultura, entre outros.

(Com informações do site Politize! www.politize.com.br)

 

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