Profissionais priorizam mais o crescimento na carreira do que outros requisitos em uma vaga de emprego
O interesse pelas vagas de emprego passou por mudanças nos últimos anos. Isso foi observado em diversas pesquisas como a do Linkedin. Na análise, a geração baby boomers (formada por pessoas nascidas entre os anos de 1945 a 1960) está adiando a aposentadoria enquanto a geração Z (nascidos entre 1992 a 2010) vem ganhando experiência com seus primeiros empregos. Mas os millennials ou geração Y (aqueles que nasceram no fim dos anos 70 e início dos 90) são os que causaram mais impacto ao configurar as prioridades ao procurar por um emprego. Esses são só alguns pontos observados sobre o atual trabalhador que continua a lutar pela conquista de seus direitos - representados pela data 1º maio – Dia do Trabalhador - e querem mais chances de crescimento na carreira.
Ainda de acordo com a maior rede social de empregos do mundo, a geração milênio está redefinindo as metas ao priorizar quesitos ofertados por uma empresa como aprender novas habilidades (50%), flexibilidade (41%) em relação a salários (34%). Mas, com maior adesão, os profissionais querem ter um trabalho do qual tenham orgulho de falar (64%).
Os trabalhadores vão além da descrição da vaga e desejam saber o que a empresa tem a adicionar à carreira. E o Índice de Confiança Robert Half (ICRH) 7ª edição reforça ainda mais esse cenário. A empresa de recrutamento perguntou: em um processo seletivo, o que é mais importante para os candidatos na escolha de uma vaga? Dois públicos diferentes, empregados permanentes e desempregados, responderam respectivamente 41% e 36% para a possibilidade de crescimento. Outros interesses ficaram abaixo: pacote de benefícios, distância entre a casa e o trabalho, flexibilidade de horário e carga horária.
A profissional da área de comunicação, Amanda Souza, tem a dupla felicidade de ter sido contratada há pouco tempo por uma empresa para uma vaga que lhe proporciona oportunidade de crescimento. “O que me chamou atenção na descrição da vaga foi a oportunidade de ganhar mais conhecimentos com marketing digital”, conta a recém-contratada que ainda completa sobre a possibilidade de estar atualizada na área. “Dentro de uma empresa, você acompanha cada passo das novidades do setor, como ficar por dentro das últimas tendências por meio de treinamentos que a própria empresa oferece. É também uma ótima chance de conhecer outros profissionais e aprender com eles”, emenda.
Setores em alta
Três setores tiveram resultados positivos, conforme os últimos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. São eles: serviços (4.572), administração pública (1.575) e extrativa mineral (528). E os estados que se destacaram foram Minas Gerais (5.163), Goiás (2.712), Bahia (2.569), Rio Grande do Sul (2.439), Mato Grosso do Sul (526), Amazonas (157), Roraima (76) e Amapá (48).
A Robert Half também ressalta os setores que tiveram saldos equilibrados entre admissões e demissões: Informação e Comunicação, Comércio, Indústria Transformação e Programador de Sistemas de Informação.
Jaqueline Vaz | Agência Educa Mais Brasil