Educação
A ‘Semana Divertida’ muda a rotina; é o despertar da criatividade
No Colégio Politécnico brincadeira é assunto sério e se transforma em ferramenta pedagógica para socialização
É uma rotina sem rotina, com atividades diferentes das quais os alunos da Educação Infantil e do Fundamental I do Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), estavam acostumados. As atividades foram realizadas entre os dias 9 e 11 de outubro, período que antecede o feriado do dia 12 de outubro (Nossa Senha Aparecida), no qual também se comemora o Dia das Crianças.
O corpo docente também participou das brincadeiras, e, imagina, haja fôlego para acompanhar o ritmo das crianças.
A coordenadora pedagógica da Educação Infantil, Veridiana Herrera Ferreira, explica que teve um pouco de tudo, desde piquenique até o direito de se sujar, como se estivesse no quintal de casa. “Eles puderam vir sem uniforme, ficaram eufóricos. Teve brincadeira com folhas, terra e água”, comenta.
Direito de ser criança
A ordem foi ocupar os espaços com brincadeiras, até o lanche ocorreu em locais diferentes, como na brinquedoteca. A proposta foi explorar lugares e possibilidades. Segundo a diretora do colégio, Luciane Cristina Durigan, as atividades aconteceram nas duas unidades: Alto da Boa Vista e Centro. “Ao brincar, as crianças expõem seus sentimentos, aprendem, constroem, exploram, pensam, sentem, reinventam e se movimentam”, comenta ao falar sobre o benefício desse tipo de ação no calendário escolar.
É claro que a Coordenação Pedagógica acompanha no planejamento das atividades. As propostas são idealizadas para criar um ambiente propício de socialização, como o dia do brinquedo, quando cada aluno pode levar o brinquedo favorito para compartilhar com os colegas, isso sem contar em outras atividades, com destaque para o momento dos brinquedos infláveis e das gincanas, inclusive a Gincana ‘Maker’, que leva o nome da empresa parceira nas atividades de robótica do colégio.
Cantar, dançar e pular
As atividades de musicalização tiveram espaço garantido nesses dias. De forma lúdica provocam uma melhora na percepção. A professora Mari Cordélia Dorta Leister Camelim, que leciona nas duas unidades do Poli, comenta que isso ajuda no desenvolvimento completo do aluno e assim auxilia nas atividades rotineiras e escolares. “Por meio das brincadeiras musicais trabalhamos nos alunos as percepções auditivas e visuais, além da concentração, ritmo, leitura rítmica não convencional, percussão corporal, banda rítmica e muitas outras”, comemora.
É o que ocorre por exemplo durante a brincadeira da ‘Amarelinha Africana’, quando são formadas quatro filas com quatro quadrados cada uma e, com a música animada, eles pulam os quadrados.
Quer brincar em casa? A tradicional cantiga ‘Escravos de Jó’ também pode ser usada para trabalhar a concentração, a percepção auditiva e a expressão corporal. “Pegue várias colheres. Pode ser de madeira, metal ou plástico e distribua um par para cada pessoa. Siga o que a música está mandando”, orienta Mari.
A Educação Física também entrou no ritmo lúdico nesses dias. Você lembra das brincadeiras populares, como mãe-da-rua, passa anel, ou as brincadeiras com corda como ‘reloginho’? Pois é; foi o momento dos alunos de vivenciar um pouco das práticas que foram experimentadas antigamente pelos adultos na infância.
O professor e profissional de Educação Física, Arthur Augusto Paes de Moraes, explica que “o intuito foi proporcionar um momento de diversão através do lúdico, sem deixar de lado o aprendizado. Acreditamos que a escola deva ser um ambiente que estimule a construção de um aprendizado significativo, de respeito e de um convívio saudável”. Ainda segundo ele as brincadeiras são uma ferramenta importante no desenvolvimento das crianças, tanto nos aspecto físico-motor, como no cognitivo e social-emocional.
Enjoy the day (Aproveite o dia)
Até nas aulas de inglês teve diversão na ‘Semana Divertida’ através de várias atividades, como danças com comandos em inglês (Just Dance) e uma caçada do urso no mundo virtual, através de hunt bear, projetado no telão. No Poli, independentemente do idioma e da semana, sempre vale lembrar que valorizar a infância é investir no futuro. (Denise Rocha)
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