Educação
O aluno é o protagonista
A escola é a continuidade da casa do aluno, onde ele vai desenvolver todo seu potencial
A educadora Luciane Cristina Durigan acumula muitas histórias emocionantes vivenciadas dentro e fora do ambiente escolar. São inúmeras situações nas quais encontra antigos alunos que a chamam de ‘Tia Lú’. Momentos de boas lembranças que servem para reforçar a importância do vínculo entre professores e alunos. É também o que norteia o trabalho dela à frente do Colégio Politécnico nesses dez anos que ocupa funções de direção.
“Trabalhamos muito a formação do cidadão, sempre em conjunto com a família”, explica Durigan ao detalhar que o suporte pedagógico é muito forte voltado para o desenvolvimento cognitivo, comportamental e intelectual da criança e do adolescente. A presença da família é fundamental. A escola é uma continuidade da casa do aluno, sendo necessário trabalhar em conjunto as potencialidades, dificuldades e vitórias conquistadas.
Estamos falando de um universo que gira em torno de 1.700 alunos, que estão em diferentes etapas de desenvolvimento e aprendizado. Por isso, é preciso respeitar as características de cada aluno e compreender que a escola é muito mais do que carteiras e livros. Trata-se de um trabalho que tem início na educação infantil, com processos de ensino que envolvem o lúdico e o despertar da criatividade, para proporcionar um momento de aprendizado saudável, que vai acompanhar toda a formação do indivíduo, em um processo natural de amadurecimento. “Nossos alunos são os protagonistas de suas próprias histórias, é isso que buscamos valorizar”, ressalta a profissional.
Ambiente de desenvolvimento de habilidades
É dessa forma que a equipe, composta por cerca de 130 pessoas, é orientada, desde a portaria, sala de aula e funções administrativas. Para isso ocorrem diversos cursos de capacitação e conversas. “O funcionário não deixa de ser um educador; todos precisam estar alinhados em proporcionar o bem-estar dos alunos”, fala. Além disso, as melhorias na estrutura são constantes.
Mesmo em meio a tantas mudanças, a educação formal também tem seu lugar. A adequação para estar em diversos ambientes, as perspectivas de utilização do conhecimento, da escrita, da capacidade de desenvolver um pensamento crítico e se expressar são valorizados. É por isso também que as experiências dão resultado e os alunos se sentem à vontade no ambiente escolar. Durigan reforça que as experiências fora de sala, como contação de histórias e jogos digitais e musicalização também são importantes e fazem parte do currículo escolar.
Por meio das atividades busca-se ainda o respeito às diferenças. A importância de se colocar no lugar do outro, trabalhando as várias formas de inclusão e desenvolvimento de valores ligados ao altruísmo. Tudo isso tem muita relação com a própria filosofia da instituição de ensino, mantida pela Fundação Ubaldino do Amaral. Aliás recentemente uma experiência mostrou o quanto isso muda a percepção de todos em relação à vida em sociedade. “Na última Páscoa tivemos uma gincana de arrecadação de caixas de bombom. Para nossa surpresa, arrecadamos 2.500 caixas e nossos alunos do 3º ano (Ensino Médio) fizeram questão de fazer a entrega no Lar Monteiro, para o Projeto Renovar. Foi emocionante” recorda a diretora ao concluir dizendo que esses estudantes foram responsáveis por tornar um ato simples em um gesto com uma proporção enorme para todos que estavam envolvidos. Impossível não lembrar que são eles que logo estarão seguindo uma carreira e ocupando lugares no mercado de trabalho. É assim, por meio de ações como essa, que o Colégio Politécnico busca formar cidadãos que irão com suas atitudes terem consciência de quem são, estabelecendo as relações profissionais e pessoais com ética e respeito. “Nossos alunos sempre nos surpreendem e mostram que estamos no caminho certo”, finaliza a diretora.
Fundamental I é o início do caminho para o aprendizado
Essa é uma estrada que não tem fim. A vida toda estamos aprendendo. Agora, imagine como é essa fase para as crianças que, por volta dos seis anos de idade, ingressam no Fundamental I para conhecer um mundo novo, cheio de palavras e significados.
Esse processo precisa ser agradável, pois vai marcar toda a vida.Tudo é novo, desde o ambiente até as pessoas que estão em volta. São muitas expectativas que precisam ser administradas para criar o ambiente ideal. “Tem que cativar a criança, primeiro criar o laço de afetividade para que sinta segurança de estar com você, de estar no ambiente, para que a gente consiga desenvolver os objetivos que se espera na educação”, frisa a professora do Ensino Fundamental I do Colégio Politécnico, Andréa Sanches Yokoyama Bergamo. Todos os dias ela está com os alunos, mas mesmo assim, se emociona ao falar do trabalho. “É um vínculo muito grande que a gente estabelece com as crianças, é emocionante ver esse processo de alfabetização”, explica. Com voz mansa e feições suaves, a emoção também toma conta da ‘Profe Jo’. É assim que Joelma da Silva Santucci, que também é professora do Fundamental I do Poli, é chamada pelos alunos. “É um processo, as crianças sempre chegam com uma bagagem bem significativa e direcionamos nosso trabalho para dar consciência fonológica, já que ouvem palavras a todo momento”, comenta. Ela sente que é importante tornar interessante o caminho do conhecimento. “A alfabetização é algo mágico. Você apresenta os sons para as crianças, ensina cada letra e elas começam a ler e escrever”, reforça Joelma.
Os estudantes levam para casa essa sede de conhecimento. É o que conta o médico veterinário e professor universitário Tiago Ladeiro de Almeida. Ele é o pai da Nicole, de onze anos, e da Lívia, de sete. Por conhecer o trabalho do Poli, onde Nicole já estudava, ele matriculou a caçula. Ele conta que ela tem cada vez mais interesse no 2universo da leitura. E por meio das fichas, ferramenta utilizada para facilitar a alfabetização, Lívia aprende com facilidade. “Eu fico muito feliz com o incentivo à leitura, minha filha sempre pede ajuda para ler as fichas”, conta Tiago, que sempre encontra um tempo para ajudar, seja depois do almoço ou no intervalo entre o trabalho e o descanso. (Denise Rocha)
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