Olá, aventureiro da natureza! Hoje vamos abordar uma das aves mais rápidas e incríveis do nosso céu: o andorinhão-do-temporal. Ele ganhou esse nome porque costuma aparecer em grande número antes de mudanças no tempo, como se fosse um mensageiro dos ventos! Com suas acrobacias no ar e sua vida cheia de curiosidades, esse pequeno aviador tem muito a nos ensinar.

Observe a foto! O andorinhão-do-temporal tem o corpo inteiramente marrom e asas longas e estreitas que lembram uma foice ou um sabre. Sua cauda é curtinha e quadrada, e na parte superior possui uma mancha mais clara que ajuda na identificação. Os filhotes se parecem com os adultos, mas têm pontinhas esbranquiçadas nas asas. Quase nunca pousa e suas garras foram feitas mais para agarrar paredões rochosos do que galhos. Apesar do nome, não são parentes das andorinhas, são mais aparentados com os beija-flores.

Apesar de voar grandes distâncias, costuma ser visto nos baixos das florestas, em áreas abertas, bordas de matas, cidades, vilas e plantações. No Sudeste e Sul do Brasil, é muito comum sobrevoando ruas e campos durante o verão. No inverno, muitos grupos migram para regiões ao norte da América do Sul, viajando por longos percursos.

Sua alimentação é simples, mas exige muita habilidade: come insetos capturados durante o voo. Voando em bandos, costuma sobrevoar casas, árvores e áreas abertas em busca de pequenos bichinhos voadores, como mosquitos e besouros. Às vezes, antes de migrarem, podem se juntar em grupos enormes, com centenas de indivíduos!

O comportamento do andorinhão-do-temporal é pura energia. Ele quase nunca para; passa o dia inteiro voando, vocalizando sons rápidos e vibrantes no ar. Seu voo é rápido, cheio de curvas e mergulhos, fazendo dele um verdadeiro acrobata do céu.

Na época de reprodução, o casal escolhe lugares bem protegidos para construir o ninho, como paredes em cachoeiras, paredes internas de chaminés, ocos de árvores, palmeiras altas e até poços antigos. O ninho é feito de pequenos galhos e fibras colados com saliva, que endurece como uma cola natural, grudando tudo na parede vertical. A fêmea costuma pôr de três a quatro ovos brancos, que são chocados por ambos os pais. Os filhotes permanecem no ninho por cerca de 35 dias, recebendo comida muitas vezes ao dia até ficarem fortes o bastante para voar.

Faça sua parte: Para ajudar a conservar essa ave em nossa cidade, podemos preservar áreas verdes, evitar derrubar árvores com ocos, manter chaminés antigas sem bloqueios, e claro, diminuir o uso de inseticidas, que reduzem o alimento desses pequenos caçadores do ar. Ao cuidar do ambiente, garantimos que o andorinhão-do-temporal continue enfeitando nossos céus com seu voo incrível.

Nome popular: Andorinhão-do-temporal
Nome científico: Chaetura meridionalis (Hellmayr, 1907)

Fonte: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal de Sorocaba (Sema)