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Diversão

Biblioteca vira quintal de brincadeiras e imaginação

Entre jogos, histórias e risadas, crianças vivem uma tarde cheia de criatividade e diversão

18 de Outubro de 2025 às 20:16
Cruzeiro do Sul [email protected]
Brincadeiras, risadas e descobertas 
tomaram conta do jardim da biblioteca, 
tornando a tarde inesquecível
Brincadeiras, risadas e descobertas tomaram conta do jardim da biblioteca, tornando a tarde inesquecível (Crédito: JOÃO FRIZO)

A biblioteca se transformou em um quintal gigante! Risadas, corridas e brincadeiras tomaram conta dos corredores da Biblioteca Municipal “Jorge Guilherme Senger”, no Alto da Boa Vista. As estantes cheias de livros viram tudo de camarote — testemunhas de uma tarde em que a imaginação saiu das páginas e ganhou corpo, movimento e alegria.

Era dia de brincadeiras, e a biblioteca virou um grande quintal, com crianças correndo, pulando e redescobrindo jogos que encantaram gerações passadas.

Teve pega-pega, pula corda, vivo-morto, corre-cotia e até o animado “Alerta”, que virou o sucesso da tarde. A programação fez parte da Semana das Crianças, que trouxe às bibliotecas de Sorocaba um convite simples, mas poderoso: voltar a brincar como antigamente.

O vento frio e o calor das risadas

No meio do grupo, o pequeno Antony Miguel de Pádua, de 8 anos, observava tudo com olhos curiosos e um sorriso largo. Ele não parava um minuto sequer. “Tô achando bem legal a brincadeira da Semana das Crianças aqui. Tem bastante coisa pra fazer! Tá um ventinho meio frio, mas dá pra brincar tranquilo”, contou, ofegante.

Quando perguntado sobre sua favorita, respondeu sem pensar: o Alerta. “A gente joga a bola pra cima, fala um número e todo mundo tem que parar. Depois tenta acertar a bola em alguém. É muito divertido!”, explicou o pequeno.

Enquanto Antony se divertia com a bola, o irmão mais novo, Bento Miguel, de 6 anos, explorava as brincadeiras com a mesma empolgação. Ele pulava corda, corria e ria de tudo, como se o mundo inteiro fosse uma grande pista de aventuras. “Eu gostei de correr, pular corda e brincar de corre-cotia! Foi bem divertido”, contou, com o rosto vermelho de tanto brincar.

Mas o que fez Bento sorrir ainda mais foi falar do seu grande amor: os dinossauros. “Eu pedi um kit de dinossauros de presente! Gosto dos mutantes, tipo os do Jurassic Park”, disse, com os olhos brilhando.

Cores, cordas e imaginação

Um pouco mais à frente, Isabelly Peixoto de Gomes, de 9 anos, girava a corda e pulava no ritmo certo, os cabelos balançando ao vento.

“A minha brincadeira favorita é pular corda, mas eu também amo elefante colorido”, contou, animada. Ela explicou a brincadeira com o entusiasmo de quem conhece bem cada detalhe: “A gente fala ‘Elefante colorido, que cor?’ e sai correndo pra encostar na cor que a pessoa falou. Se não encostar, é pega.”

Entre uma brincadeira e outra, Isabelly aproveitou para falar sobre o que mais gosta de fazer em casa: ler e criar. “Eu tenho quatro livros e já li todos! Gosto de pintar, conversar com a minha mãe e ficar feliz dentro da minha casa”, contou, com um sorriso de orelha a orelha.

Onde os livros encontram as brincadeiras

A atividade mostrou que a biblioteca é um espaço vivo, cheio de histórias que vão muito além das páginas. Brincar, afinal, é também uma forma de contar histórias — com o corpo, com a voz, com a imaginação.

Entre um “pega-pega” e o famoso “Alerta”, crianças e adultos redescobriram o prazer de estar juntos, de aprender sem perceber, de transformar qualquer lugar em palco de aventuras.

E, no fim da tarde, quando o sol já começava a se esconder atrás das nuvens, dava para ver o brilho nos olhos de quem participou.

Brincar é aprender a ser feliz

As brincadeiras podem parecer simples, mas guardam segredos antigos: ensinam a compartilhar, a esperar a vez, a respeitar o outro e a rir dos próprios tombos. Em um mundo cheio de pressa e barulho, brincar é quase um superpoder — uma pausa colorida para lembrar o que realmente importa.

E, naquela tarde, entre cordas, bolas, livros e vento, as crianças da biblioteca mostraram que ser criança não é sobre idade, mas sobre encantamento. Porque brincar é mais do que passatempo — é o jeito mais bonito de aprender o mundo, um passo de cada vez, com o coração leve e os pés quase voando. (João Frizo - programa de estágio)

 

 

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