Dia das Crianças
Sonhos que crescem junto com as crianças
No Dia das Crianças, histórias de meninos e meninas que se inspiram nos pais e transformam a admiração em vontade de ajudar, criar e cuidar do mundo
Ser criança é viver em um mundo cheio de cores, risadas e descobertas, onde cada brincadeira pode virar aventura e cada gesto pequeno se transforma em sonho. É tempo de imaginar, inventar, se perder nas próprias ideias e acreditar que tudo é possível.
O primeiro chorinho, os olhinhos que se abrem curiosos para o mundo, os primeiros passos trêmulos e corajosos, tudo é descoberta e encanto. Vem o primeiro corte de cabelo, o primeiro joelho ralado, o primeiro galo que arranca lágrimas e risadas. E, de repente, o silêncio é quebrado pelos gritos de “Ajuda, ajuda!”, quando o dinossauro de brinquedo decide morder o dedinho do pé. São momentos mágicos, que passam num piscar de olhos, e por isso, cada segundo da infância merece ser vivido com alegria, curiosidade e o coração aberto para se maravilhar.
Quando são pequenos, tudo é mais colorido e divertido. Cada objeto pode virar brinquedo, cada canto da casa esconde uma nova história, e cada brincadeira é uma oportunidade de aprender. Observando com atenção, percebemos que habilidades importantes nascem cedo, e que, no futuro, podem ajudar a escolher sonhos, profissões e paixões.
Sonhos de criança
Na casa do bombeiro José Aguiar Gatto Júnior, os caminhões de brinquedo dominam a sala. A filha Maria Luiza Bazolli Gatto, de 8 anos, veste camiseta, farda e botas, inspirada na profissão do pai. Desde pequena, visita o quartel e já conhece até os caminhões de verdade.
“Desde que ela começou a vir para o quartel comigo, é trabalho de escola, é brincadeira, é feira de profissões. Ela surpreende quando perguntam o que quer ser”, conta José.
Maria Luiza quer ajudar as pessoas. “Me inspira ver como meu pai ajuda os outros e como eles são corajosos”, diz a menina. O irmão mais velho também pensa em seguir o mesmo caminho. Orgulhoso, o pai completa: “Aqui em casa, os sonhos têm espaço e apoio, e isso me deixa muito feliz.”
O mesmo acontece com Manuela e Julia Barbieri Cruz, de 9 e 6 anos. As duas querem ser médicas, como os pais. Manuela sonha em ser dermatologista: “Gosto de me cuidar e quero ajudar as pessoas a se cuidarem também.” Já Julia quer ser pediatra: “Quero ajudar as pessoas como meus pais”, declara.
A mãe, Daniela Santos Barbieri Cruz, pediatra e endocrinologista infantil, já ensinou às filhas manobras de desengasgo, imobilização e curativos. As meninas brincam de médicas desde sempre. Manuela lembra que ganhou o primeiro jaleco aos 3 anos, presente da Doutora Brinquedo.
Talvez a inspiração não venha apenas do talento, mas do brilho nos olhos dos pais quando exercem suas profissões na frente dos filhos. Observando, os pequenos aprendem valores, atitudes e descobrem seus próprios sonhos.
A arte de sonhar
Alice Gonzaga Pandagis Emygdio, de 8 anos, quer ser artista, assim como os pais, Mariana de Moraes Pandagis Emygdio e Hugo Rafael Gonzaga de Araújo, que são cantores. Desde os primeiros balbucios, Alice já tentava acompanhar a melodia.
“A música me escolheu, mas eu também a escolhi. Poderia fazer outra coisa, mas isso é parte de quem eu sou, uma questão de alma. Apoio e fico orgulhosa da Alice quando ela diz que quer ser cantora”, conta a mãe.
Alice já participa de apresentações e sente a arte como liberdade. “Percebi que adoraria ser artista, como meus pais. Eu adoro cantar, porque me sinto livre”, explica. E sobre a mãe, diz com carinho: “Ela tem esperança, talento, brilho; se encaixa perfeitamente no lugar.”
Paixões que passam de geração em geração
As crianças aprendem sobre o mundo com os pais, e muitas carregam gostos da infância para a vida adulta. É o caso de João Vitor Cardeli, empresário, que herdou do pai o amor pelo motocross e agora passa a paixão para o filho, João Lucca Avallone Cardeli, de 10 anos.
“Quando vou treinar ou correr nas pistas, sempre levo ele junto”, explica João Vitor. João Lucca sonha alto: “Quero ser piloto de motocross”, conta animado. A inspiração vem do pai, mas também da emoção do esporte — a adrenalina, o barulho, os saltos.
Mesmo tendo começado neste ano, João Lucca já participou de uma corrida e terminou no pódio, em terceiro lugar. Os pais acompanham tudo de perto: “É perigoso, a gente sempre tem medo, mas se for o que ele quiser, vamos apoiar”, diz João Vitor.
Um dia para sonhar
Hoje é dia de celebrar as crianças, dia de festa, risadas, brincadeiras, descobertas e sonhos que se multiplicam. Que cada menino e menina tenha uma infância cheia de magia, inspiração e alegria. Feliz Dia das Crianças!
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