A cidade de Sorocaba completou 371 anos e, para marcar a data, os alunos da Escola Municipal Leonor Pinto Thomaz produziram uma série de atividades que combinaram aprendizado e criatividade. Os trabalhos ficaram expostos nas salas de aula, transformando os espaços em pequenas mostras culturais.
A escola já tem tradição em realizar ações semelhantes, mas este ano trouxe uma novidade: a confecção de cartões-postais da cidade, elaborados pelas próprias crianças. O material foi enviado em uma troca com estudantes de Itapemirim, no Espírito Santo, em um gesto de intercâmbio cultural.

3º ano A

No 3º ano A, os alunos mergulharam no universo dos patrimônios históricos. A professora Lívia de Carvalho Davi de Silva explicou que a escolha do tema foi justamente para mostrar que preservar a memória da cidade vai além de datas e nomes de fundadores.

“Existe a necessidade de cuidar dos patrimônios históricos, de ter o que contar e de ter elementos para poder narrar essa história, para que eles não se percam e, daqui a alguns anos, não haja mais como contar a nossa história”, destacou.

Cada grupo ficou responsável por pesquisar um patrimônio, utilizando tablets para buscar informações, identificar curiosidades e descobrir lugares que muitos conheciam apenas de passagem. O trabalho foi transformador: em desenhos e textos, os estudantes registraram não apenas o que aprenderam, mas também a consciência de que preservar é garantir memória.

Lucas Peres Marcelino, 8 anos, contou que o desafio foi feito com dedicação. “A gente fez porque acha que é importante para o nosso país. Quando estávamos fazendo, tentamos deixar o mais bonito que dava. O tempo foi curto, mas a gente fez o melhor que conseguiu. Pesquisamos bastante, escrevemos muito”, disse.

3º ano C

A criatividade tomou conta do 3º ano C. A professora Carolina França de Souza encontrou uma forma lúdica de ensinar a história local: transformar as informações em um álbum de figurinhas.

“Se eu colocasse só desenho para pintar, já não chamaria atenção. Mas, se esse desenho vira um álbum de figurinhas, aí chama mais atenção e eles querem aprender mais”, explicou.

A proposta cativou os estudantes, que se divertiram colando e recortando as figurinhas. Iago Henrique Antunes de Oliveira, 9 anos, resumiu: “O projeto para a gente foi muito bom. Eu adorei fazer. O que eu mais gostei foi recortar as figurinhas e pintar. Aprendi mais do que quando a gente só fala, porque desenhar e participar é muito mais gostoso”.

Miguel Caetano Santos, 8 anos, comentou que o tempo foi curto para deixar tudo perfeito, mas que a experiência foi inesquecível: “Foi bem legal, porque eu recortei bastante as figurinhas. Infelizmente não deu tempo de deixar tão bonita a figurinha, mas, fora isso, foi uma experiência muito legal. Achei todos os pontos turísticos muito legais, mas ainda não escolhi um favorito.”

4º ano A

No 4º ano A, a professora Andreia Aparecida Marçal Roza mostrou que a história da cidade pode ser vivenciada no dia a dia. A professora aproveitou até uma ida ao cinema para mostrar aos alunos o antigo prédio de uma fábrica têxtil, hoje preservado como museu.

“A todo momento buscamos valorizar a nossa cidade. Desde o início do ano estamos trabalhando isso em sala, não é um projeto de um único dia. Agora, com o aniversário de Sorocaba, o foco se intensificou, mas a valorização da história local faz parte do nosso trabalho desde sempre”, disse.

Os alunos se mostraram empolgados em compartilhar o que aprenderam. Lorenzo Monteiro Costa, 9 anos, contou que adorou desenhar os pontos da cidade. “Eu desenhei a prefeitura, hospitais e igrejas. O que eu mais gostei de fazer foi desenhar os lugares.”

Jéssica Sophia Nascimento, 9 anos, destacou a contribuição dos povos indígenas. “No projeto de Sorocaba, o que eu gostei de desenhar foram os indígenas. Aprendi que eles ensinaram a maioria das nossas manias. Tipo, tomar banho foram eles que nos ensinaram. Isso eu gostei muito de aprender.”

Outros colegas também destacaram descobertas importantes. Maria Alice dos Santos Souza, 10 anos, contou que quis mostrar como Sorocaba é uma cidade boa de se viver e lembrou que foi Baltazar Fernandes quem a fundou. Alice Fernandes Silva, 9 anos, ressaltou que aprendeu sobre os primeiros habitantes indígenas e a chegada do fundador. “Gostei muito de participar, e minha parte favorita foi desenhar”, disse.

Para Davi Mota de Campos Soares, 9 anos, o ponto alto foi conhecer mais sobre quem criou a cidade. “Gostei muito de fazer o projeto e aprendi bastante com ele”, comentou.

Vicente Rodrigues Coelho, 10 anos, ficou animado ao descobrir a origem do nome do município. “Sorocaba significa ‘terra rasgada’, nome que veio da língua tupi-guarani.”

Encantado com a história dos povos indígenas, João Lucas Arruda Fernandes, 9 anos, explicou que desenhou cenas sobre os hábitos de higiene ensinados pelos primeiros moradores. “Fiquei feliz em fazer o projeto e conhecer mais sobre essa parte da história”, concluiu.

João Frizo - programa de estágio