Sonho
Passos que conquistam palcos e inspiram novos talentos
Desde pequeno, Matheus Alonso se encanta pela dança e hoje já inspira outros meninos a seguirem seus sonhos
Quando você escuta uma música muito boa, o que sente vontade de fazer? Sem timidez, não dá vontade de dançar? Muitas pessoas não conseguem se conter. Desde sempre, a música é como um chamado, que faz o corpo responder com movimentos alegres, passos, coreografias e até apresentações inteiras.
Esse é o caso de Matheus Alonso Macedo, de 11 anos. A mãe dele, Técia Helena Teixeira Alonso, de 39 anos e gerente de finanças, percebeu que o filho gostava de dançar desde muito pequeno. “Quando era bem novinho, escutava a música dos brinquedos e já mexia o corpo. Depois, ao ouvir uma música animada, ele ensaiava um passo ou um giro. Nas apresentações da escola, festas juninas e comemorações, ele gostava de ensaiar e já queria fazer uma apresentação perfeita”, conta Técia.
Segundo a mãe, Matheus nunca pediu para começar a dançar, foi algo natural. Ela contratou aulas particulares de danças urbanas e, em 2022, quando ele tinha 8 anos, matriculou-o na escola Sheila’s. Lá, ele começou com aulas de danças urbanas e jazz, e depois se interessou pelo sapateado. Em 2023, começou a cursar balé, após o incentivo da professora Monalisa, a “tia Mona”. “Ela conversou muito com ele para que entendesse que meninos também dançam balé”, compartilha a mãe.
Desde então, Matheus dança todos os estilos oferecidos pela escola: balé, sapateado, sapateado irlandês, danças urbanas, jazz e contemporâneo.
No início, o gosto pela dança enfrentou um pouco de resistência. “A gente tentou algumas escolas em São Paulo, mas ele não teve coragem de entrar porque só tinha meninas”, conta Técia. Hoje, Matheus não vê mais problema: “Só tem dois meninos, eu e um menino mais velho, mas ele não faz balé. Acho que as meninas são bem acolhedoras, me tratam bem, me sinto normal, não me sinto excluído”, conta ele.
Talento e comprometimento
Segundo Técia, Matheus foi conquistando seu próprio espaço na escola. O talento impressionou. Matheus fez a primeira audição para entrar na escola de Teatro Bolshoi Brasil — a escola russa que é referência no ramo desde 2000 — mas foi reprovado na avaliação física.
O sonho parecia distante, e o objetivo da audição era “medir o seu próprio desenvolvimento e se superar a cada ano”, explica a mãe.
Em 2025, Matheus fez a segunda audição, aos 11 anos, e passou. Surpresa! A família agora analisa as possibilidades para o futuro.
Mesmo tão jovem, Matheus inspira outros meninos que sonham em dançar. “Não precisa ter medo. Espero que as escolas acolham todos”, conta. Ele também alerta para o que pode acontecer, mas afirma que isso não importa: “Tem gente que ‘zoa’, mas é só você não ligar”, diz.
Incentivo
Matheus tem a oportunidade de testar e se aperfeiçoar no que gosta e para o que tem aptidão desde pequeno. A dança exige não só dele, mas também da família. “É importante ter o apoio dos familiares, porque, mesmo nessa fase inicial e amadora, a ‘carreira’ de bailarino ou dançarino exige comprometimento. As famílias precisam levar às aulas, acompanhar campeonatos, arcar com os custos de inscrições, figurinos, transporte, abrindo mão de finais de semana, feriados e férias”, explica Técia.
O futuro ainda não está traçado, os sonhos podem seguir muitos caminhos, abrir portas, apresentar novos gostos e possibilidades. Mas, aos 11 anos, Matheus já sabe: “Eu acho que gostaria de fazer isso quando eu crescer.”
Galeria
Confira a galeria de fotos