Eu já li
Grandes personalidades brasileiras
Nesta enciclopédia ilustrada, você vai encontrar 82 biografias de pessoas que transformaram a sociedade brasileira. Organizados em duplas, escritores, intelectuais, artistas, ativistas, educadores, cientistas, profissionais liberais, entre outros, representam a atuação da presença negra em diferentes contextos, tempos e espaços, revelando práticas e conhecimentos que moldaram e constituem a identidade nacional.
Entre as personalidades apresentadas estão Benjamim e Grande Otelo; Henrique Dias e Ganga Zumba; Mécia e Francisca Luiz; Chiquinha Gonzaga e Eduardo das Neves; Sabina da Cruz e Emília do Patrocínio. Estes e outros exemplos não são apenas nomes, mas histórias de vida.
O objetivo da Enciclopédia Negra para Jovens Leitores é contar histórias de pessoas negras que, por algum motivo, foram apagadas, valorizar essas memórias e celebrar a vida de quem merece ser lembrado.
Um desses grandes nomes é o de Mestre Didi: um senhor muito sábio e importante. Ele nasceu há muito tempo, em 1917, na cidade de Salvador, na Bahia. Seu nome completo era Deoscóredes Maximiliano dos Santos, mas todo mundo o conhecia como Mestre Didi. Sua família vinha de um lugar chamado Ketu, na África, e tinha uma tradição muito antiga e especial, ligada às religiões e culturas africanas. Sua mãe era uma líder muito respeitada em um terreiro chamado Ilê Axé Opô Afonjá, um espaço sagrado onde as pessoas se reúnem para celebrar e aprender com os orixás.
Desde pequeno, Mestre Didi cresceu aprendendo sobre essas tradições. Quando ficou adulto, tornou-se um importante líder religioso, artista e escritor. Ele até viajou para a África várias vezes para aprender mais sobre suas raízes e conhecer pessoas de lá. Mestre Didi criou esculturas cheias de significado e escreveu livros contando histórias e ensinamentos da cultura iorubá. Ele recebeu muitos prêmios e ficou conhecido em vários lugares do mundo!
Essa história, e muitas outras, está neste importante lançamento da Companhia das Letrinhas.
Vanessa Marconato Negrão é professora e sócia efetiva da Academia Sorocabana de Letras