Bichinhos de pelúcia
Amizades que ganham vida na imaginação
Bichinhos de pelúcia e personagens das telinhas ajudam as crianças a sonhar, se sentir seguras e aprender sobre amizade

Um dos primeiros brinquedos de qualquer criança é a pelúcia, um clássico de sucesso garantido entre os pequenos. Além de divertir e decorar o quartinho, ela também tem um papel importante no desenvolvimento infantil. A pelúcia permite que a criança projete nela suas emoções, o que contribui muito para seu amadurecimento.
Segundo a psicologia, os ursinhos de pelúcia ajudam no desenvolvimento emocional das crianças, pois oferecem segurança para expressar sentimentos, estimulam a empatia por meio do cuidado simbólico e são uma fonte de conforto em momentos de ansiedade e insegurança. Nessa interação, eles despertam a imaginação infantil, permitindo a criação de histórias, personagens e mundos de faz de conta. Tornam-se confidentes, amigos inseparáveis e até membros da família, oferecendo apoio emocional ao longo da infância.
“Ao conversar com o ursinho e inventar aventuras, as crianças desenvolvem a linguagem oral e ampliam a capacidade de comunicação. Além disso, essas brincadeiras funcionam como uma forma divertida e segura de expressar sentimentos, contribuindo para o crescimento emocional e criativo. Esses companheirinhos também ajudam na rotina do sono, trazendo conforto e segurança, e aliviando a ansiedade. Com isso, o sono costuma ser mais tranquilo e de melhor qualidade. Também favorecem o aprendizado e o desenvolvimento social, ao estimular a empatia, o senso de cuidado, a cooperação e a expressão saudável das emoções”, explica a psicóloga Thalita Cattani Vilares.
João da Silveira Simões Nunes, de 8 anos, carrega seu amigo Zequinha para todos os lados desde os 2 anos de idade, quando ganhou a pelúcia de uma amiga da mamãe, que guardava o macaquinho da filha. “Zequinha foi amor à primeira vista. Virou amigo inseparável do João. Quando ele ia fazer xixi, Zequinha ia junto. Na hora do jantar, João dava comida na boca dele e até alguns golinhos de suco. Nos passeios, Zequinha estava sempre presente. João até colocava o cinto de segurança nele dentro do carro. Um dia, de tanto passear, Zequinha perdeu o nariz, que precisou ser colado de novo”, contou a mãe, Thais da Silveira.
Ela lembra ainda que João batia altos papos com o Zequinha. “A mamãe e a vovó Fátima simulavam a voz do macaquinho, e ele ficava horas conversando com o amigo. Revelava coisas que não contava pra ninguém, acreditava mesmo que estava falando com ele. Era uma graça. Quando não queria escovar os dentes, Zequinha dava conselhos, e João obedecia na hora”, relembra.
Já são seis anos de amizade. Hoje, embora Zequinha fique mais na prateleira, continua presente em momentos especiais. “Eu gosto de ficar com ele porque ele é meu amigo. Quando estou com ele me sinto seguro, animado e contente”, disse João.
“Um amigo de pelúcia pode ser um recurso importante no desenvolvimento social das crianças. Elas aprendem sobre empatia, responsabilidade e afeto, habilidades essenciais para formar relações saudáveis no futuro. A interação simbólica com o brinquedo permite expressar emoções e entender melhor o mundo, fortalecendo desde cedo a inteligência emocional e social”, conclui a psicóloga.
Personagens das telinhas que divertem e ensinam
Durante a infância, muitos personagens das telinhas também se tornam companheiros queridos, e têm muito a ensinar. De forma divertida e lúdica, eles incentivam o valor da amizade e da convivência.
Um bom exemplo é o filme “Lilo & Stitch”, que além de divertir com sua fantasia, trata de temas como família, perda, empatia e superação. O personagem Stitch saiu da tela e ganhou vida em Sorocaba, durante o espetáculo “Lilo & Stitch em Aloha Elvis”, no Teatro Municipal. Foi um verdadeiro presente para os fãs mirins, que puderam ver o querido personagem de pertinho.
Para Heloisa Toledo, de 9 anos, que carrega sua pelúcia do Stitch para todos os lugares, o encontro foi emocionante. “Ele é muito fofo e alegre. Transmite coisas boas tanto no filme quanto no show”, contou.
As irmãs Letícia e Alice Honório, de 8 e 11 anos respectivamente, também ficaram encantadas. “Eles nos trazem alegria e calmaria. Dormimos abraçadas com as pelúcias e no show parecia que eles tinham ganhado vida”, disseram.
Maria Clara Bueno Yonamine Pacheco e as irmãs Lara e Letícia Bueno Bellentani também não esconderam o carinho. Para elas, Angel e Stitch transmitem amor e trazem conforto, tanto na hora de dormir quanto no palco, onde espalharam mensagens de carinho e amizade com um abraço cheio de afeto.
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