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Cuidado é bem-vindo

Não é bom ficar muito tempo ao celular

31 de Agosto de 2024 às 23:00
Thaís Marcolino [email protected]
Uma pesquisa mostrou que 83% das crianças e adolescentes usam celular mais de uma vez por dia
Uma pesquisa mostrou que 83% das crianças e adolescentes usam celular mais de uma vez por dia (Crédito: DIVULGAÇÃO)



Seja sincero! Quanto tempo por dia você fica jogando no celular e assistindo TV? E quanto você gostaria de ficar fazendo essas mesmas coisas? Se a sua resposta para qualquer uma das perguntas for o clássico “o dia todo”, um sinal amarelo, senão vermelho, acaba de apitar. Isso porque, por mais legal que seja ficar em frente às telas, essa exposição toda não faz bem para nossa saúde.

Médicos já sabem que ficar muito tempo olhando para as telas do celular, tablets e televisores, por exemplo, traz alguns problemas. Presta atenção na lista: concentração baixa, sono ruim, irritabilidade, problemas de postura, obesidade, ansiedade, desenvolvimento prejudicado, entre outros.

“A professora, a mamãe e o papai me falaram e eu sei que não pode muito”, conta a pequena Melissa Cotrick Aquino, de seis anos. Quem, assim como ela, sabe direitinho de todos os malefícios é o Miguel Gomes Silva, também de seis anos. “Nosso olho pode ficar vermelho e arder, a gente pode não enxergar direito e fazer mal, e a gente pode aprender coisas que não é para nossa idade, né”, complementou o estudante.

A Melissa sabe que não pode ficar longos períodos usando o tablet   - ACERVO PESSOAL
A Melissa sabe que não pode ficar longos períodos usando o tablet (crédito: ACERVO PESSOAL)

Os dois são bons exemplos de crianças que, apesar de gostarem bastante do celular - e sejamos sinceros, quem não gosta?! — sabem que não é certo usar a todo momento. Mas nem todos são assim. Uma pesquisa da TIC Kids Online Brasil mostrou que 83% das crianças e adolescentes usam o aparelho mais de uma vez por dia, por longos períodos e cada vez mais cedo.

O correto, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é que crianças com menos de dois anos não tenham contato com aparelhos eletrônicos. Para crianças entre dois e cinco anos, o uso deve ser limitado a uma hora por dia e, entre cinco e dez anos, no máximo duas horas.

A psicóloga Mariana lembra do papel da família no controle   - DIVULGAÇÃO
A psicóloga Mariana lembra do papel da família no controle (crédito: DIVULGAÇÃO)

De acordo com a psicóloga e psicanalista Mariana Calonego é difícil imaginar um mundo em que os aparelhos eletrônicos não estejam presentes na dinâmica familiar. No entanto, é importante estar atento aos excessos e também ao que está sendo consumido pelas crianças.

A Marcela Aparecida Cotrick Aquino, mãe da Melissa, impõe horários durante a rotina. “Assiste um pouco na parte da manhã e mais um pouco quando chega da escola, faz a tarefa e após o jantar vê mais um pouco antes de dormir”, explica a esteticista. Entre os conteúdos preferidos da filha de seis anos estão os que contam histórias. Já na televisão, a série animada “Show da Luna”, que mostra uma garotinha apaixonada por ciências, é o que mais chama a atenção da pequena.

Na casa do Miguel, celular é com a supervisão dos pais. “Nunca deixamos ele sozinho, por que às vezes um vídeo pode puxar outro recomendado que não é bom para ele. Já pegamos o Miguel vendo algo que não era propício porque não estávamos perto. Então a gente sempre filtra os conteúdos para que sejam educativos, leves e saudáveis para a idade dele”, comentou o cozinheiro e design gráfico, Endrik Rafael Silva.

 

O Miguel cita que ficar muito tempo no videogame pode prejudicar os olhos - ACERVO PESSOAL
O Miguel cita que ficar muito tempo no videogame pode prejudicar os olhos (crédito: ACERVO PESSOAL)

Nos poucos períodos com o controle da TV e o celular em mãos, os youtubers e videogame são os favoritos do Miguel. “Eu gosto de ver desenho também na TV, mas prefiro o videogame mesmo. O celular eu gosto de usar quase toda hora, mas não pode muito, de manhã mexo mais”, disse o pequeno sorocabano.

Apesar das telas serem como ímãs, a psicóloga explica ainda que, nessas horas, é necessário ser criativo para buscar alternativas aos aparelhos eletrônicos. “Não há uma dica que funcione para todos. Então, cada família precisa encontrar uma forma de superar esses limites, trazendo a criança mais para perto, porque se a criança estiver sozinha, ela vai preferir o eletrônico”, finaliza Mariana Calonego.

 

 

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