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Esporte olímpico

Um dia para conhecer campeões

Crianças fazem aula com atletas paralímpicos e aprendem sobre modalidades esportivas

10 de Agosto de 2024 às 22:58
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
Kaíke Medina fala sobre sua trajetória de superação por meio do esporte
Kaíke Medina fala sobre sua trajetória de superação por meio do esporte (Crédito: GABRIELLE CAMARGO PUSTIGLIONE)

Os Jogos Paralímpicos de 2024 acontecerão entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro, em Paris. As competições, entretanto, já são assunto por aqui. Adultos e crianças tiveram uma tarde especial com dois grandes paratletas brasileiros: Kaíke Medina, medalhista de ouro no tênis de mesa nos Jogos Parapan-americanos em 2013, e Mikaela Almeida, bi-campeã de parabadminton nos Parapan-americanos de Lima e Santiago. O encontro inesquecível aconteceu na tarde do último dia 3, um sábado, no Sesc Sorocaba.

Em um bate-papo descontraído, as crianças puderam conhecer um pouco da história dos esportistas, aprender sobre as modalidades, receber conselhos e jogar com os campeões. A tarde especial, dedicada ao esporte, aconteceu dentro do projeto “Se Joga nos Jogos!”, realizada no clima dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024.

Pietro Gonçalves Cueto, 9 anos, aproveitou a tarde esportiva no Sesc Sorocaba. Ele pratica vôlei, futebol e curtiu jogar tênis de mesa com os amigos e com o campeão Kaíque Medina. Pietro adora esporte e está acompanhando as Olimpíadas que, para ele, são um grande incentivo para os atletas da nova geração.

Ana Beatriz Alburque, de 11 anos, também marcou presença no “Se Joga nos Jogos!”. Ela curte natação e acompanha as provas de ginástica nos Jogos Olímpicos. “Feliz em estar aqui e conhecer a história dos atletas, eles são importantes e grandes vencedores”.

A jovem Amanda Cristina de 10 anos não poupou elogios ao paratleta Kaíke Medina e fez questão de posar para as fotos com o campeão do tênis de mesa. Essa é uma das modalidades das quais gosta de praticar e tem acompanhado nos Jogos Olímpicos de Paris.

Superação e esporte

Nada segura a vontade de vencer do paratleta Luiz Henrique Medina, conhecido como Kaíke, uma das figuras mais queridas do tênis de mesa brasileiro.

Kaíke nasceu sem os dois antebraços, uma perna, o maxilar e a língua. Abandonado pelos pais, foi acolhido pelo Lar Escola São Francisco aos três anos de idade, tendo sido criado e realizado todos os tratamentos cirúrgicos e reabilitação naquela instituição.

Durante o processo de reabilitação, foi submetido a mais de quarenta cirurgias por todo o corpo, durante os mais de vinte anos em que foi cuidado pela instituição. O seu apelido tem origem no pé de sua perna mecânica, que tinha o formato de um caiaque. Ele começou a praticar tênis de mesa em 2000, tornando-se profissional nesta modalidade.

Para conseguir jogar, Kaíke prende a raquete ao seu antebraço. Em sua carreira no esporte profissional, conheceu doze países, entre muitas das conquistas, medalhas, levou o ouro no tênis de mesa nos Jogos Parapan-americanos em 2013. Por meio de sua trajetória, o atleta mostra ser um verdadeiro vencedor e foi com muita determinação e garra que Kaíke conseguiu superar as adversidades da vida.

Transformação e autoestima

Mikaela Almeida nasceu sem o braço direito. Por muito tempo, a jovem considerava a deficiência um peso. A percepção começou a mudar quando o parabadminton, um esporte jogado com raquete e peteca, entrou em sua rotina. Em apenas três anos, a atleta viu a sua vida ser transformada e a autoestima restaurada. Hoje ela é bi-campeã de parabadminton nos Parapan-americanos de Lima e Santiago.

Mikaela teve o primeiro contato com o esporte durante as aulas de educação física. O professor Fernando Taffarel foi o responsável por apresentar a quadra, a raquete e a peteca a ela. Em pouco tempo, o esporte mudou a forma de enxergar as próprias limitações, acreditar no próprio potencial e melhorar a qualidade de vida.

Inspirado pelas modalidades olímpicas, o projeto “Se joga nos jogos!” tem como objetivo promover encontros com atletas e paratletas, além de vivências, demonstrações e aulas abertas.

 

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