Astronomia
Telescópio descobre a galáxia mais antiga
O Telescópio Espacial James Webb superou seu próprio recorde de alcance de observação ao detectar a galáxia mais distante e mais antiga já descoberta, que existiu 290 milhões de anos após o Big Bang, anunciou a Nasa no final do mês de maio.
A agência espacial americana explicou que a galáxia apresenta particularidades com ‘implicações profundas‘ para compreender os primeiros anos do Universo.
Stefano Carniani e Kevin Hainlin, dois pesquisadores envolvidos na descoberta, disseram em comunicado que a chamada JADES-GS-z14-0 “não é o tipo de galáxia que modelos teóricos e simulações computacionais previram” no universo primitivo.
“Estamos impressionados com a extraordinária diversidade de galáxias que existia na aurora cósmica”, acrescentaram.
Na astronomia, observar astros distantes é o mesmo que voltar no tempo. Por exemplo, a luz solar demora oito minutos para chegar à Terra, por isso vemos o Sol como ele era oito minutos antes. Olhando ainda mais longe, é possível perceber esses objetos como eram há bilhões de anos.
Quando o brilho das galáxias mais distantes chega à Terra, a expansão do Universo se estica e desloca essa luz para o raio infravermelho, um espectro que James Webb é capaz de detectar com uma clareza sem precedentes.
Esse telescópio espacial opera apenas no espectro infravermelho para explorar o Universo mais jovem, uma de suas principais missões.
Desde que foi lançado, em dezembro de 2021, o James Webb já observou galáxias muito distantes, mas o anúncio recente fez com que ele superasse seu próprio recorde. Estima-se que a luz dessa nova galáxia tenha demorado mais de 13,5 bilhões de anos para chegar à Terra (o Big Bang é datado de 13,8 bilhões de anos atrás). (Da Redação, com informações de AFP)