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Aprender brincando

Brincadeiras também ensinam sobre cultura

01 de Junho de 2024 às 22:34
Thaís Marcolino [email protected]
Na brincadeira chamada de
Na brincadeira chamada de "colheita da mandioca", os participantes formam três filas. O último age como a pessoa que faz a colheita, enquanto os colegas têm que se fortalecer como uma forte raíz difícil de ser arrancada (Crédito: ARTHUR BRANÇAM MANOEL)

O povo é diverso. Muitas vezes conhecemos apenas o que está mais perto da gente, mas há centenas de pessoas que conhecem e brincam de outras formas. E por que não “misturar”? Os povos originários, por exemplo, colhem a mandioca de uma maneira que, aqui pra gente, pode ser uma brincadeira.

A atividade foi uma das propostas da E.M. Prof. Paulo Fernando Nóbrega Tortello, em Sorocaba, na Semana Mundial do Brincar. Na brincadeira chamada de “colheita da mandioca”, os alunos formavam três filas. O último agia como a pessoa que faz a colheita, enquanto os colegas tinham que se fortalecer como uma forte raíz difícil de ser arrancada.

Não faltaram gargalhadas, principalmente do Eduardo Henrique de Moura Filho, de oito anos. “Não sabia que seria assim que colhe mandioca e achei bem legal a brincadeira. Resisti o máximo que pude e amei estar com meus colegas”, comentou o jovem.

Depois dessa pequena amostra da colheita, chegou a hora de marcar o corpo com um símbolo da resistência indígena. O Brhyan Piettro da Silva entendeu bem o que significou o desenho que optou por deixar no braço e amou saber que a tinta era natural. “É feita com urucum, né? Não conhecia e achei bem legal. Não imaginava que aquela bolinha com agua ficava essa cor”, comentou o aluno do 3º D.

Enquanto participavam das atividades, um trio indígena Luis Gabriel Ferreira Silva, Claudilene Caldas Pedrosa e Aline Castilho Campos —, estudantes da UFScar, fazia questão de explicar o que era cada coisa e o porquê aquilo existia. “É muito relevante a oportunidade de trazer a eles um pouco da diversidade de brincadeiras e de cultura. Desse jeito, eles vão aprendendo um pouco do nosso povo”, comentou Silva.

Além das atividades indígenas, onde foi feita a arrecadação de alimentos para o Centro de Convivência Indígena de Sorocaba, a criançada aproveitou a semana especial com a presença dos pais nas brincadeiras, assim como para resgatar passatempos tradicionais com os amiguinhos.

 

 

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