Atividades ao ar livre
Brincar também se aprende na escola
Ir ao parque com amigos para um piquenique e aprender brincadeiras fora do mundo digital faz muito bem
Acorda, criançada, tá na hora da gente brincar (oba!) / Brincar de pique-esconde, pique-cola e de pique-tá, tá, tá, tá / Essa brincadeira também tem pique-bandeira / Amarelinha, pra quem gosta de pular”. Esses são trechos da música “Brincadeira de Criança”, do grupo Molejo. A letra é tão legal que até foi parar na novela “Carrossel”, do SBT, em 2012. Mas o que ela tem a ver? É que do dia 25 de maio a 2 de junho, as atividades para a criançada são o foco na “Semana Mundial do Brincar”.
Com o tempo e o avanço da tecnologia, os passatempos foram mudando. Porém, sair para rua ou um parque, e se divertir de diferentes maneiras, principalmente na companhia dos colegas, ainda é um dos programas mais legais para se fazer quando somos crianças. Pensando nisso, os responsáveis pela EMEF João Ferreira da Silva, de Votorantim, aproveitando o tema da Semana Municipal do Brincar, muito parecida com a mundial — levaram a garotada do ensino fundamental para um dia do lado de fora da escola.
A galera foi ao Parque das Aves, localizado no Parque Jataí e, por horas, tiveram acesso a brincadeiras “antigas” como descer o barranco com papelão e também a atuais, com a batalha de rimas. “Amei tudo, mas o que mais gostei foi a batalha de rimas e faço isso até em casa com meus amigos. Essa é a minha brincadeira favorita”, contou Juliana Felix, de nove anos.
Além da batalha de rimas, o pessoal criou brincadeiras novas enquanto exploravam o parque. Eles também usaram e abusaram dos brinquedos já existentes, como escorregador, balanço, trepa-trepa, campo de futebol, entre outros.
O João Vicente Santana Machado, de oito anos, aproveitou muito, tanto que a roupa “suja” não engana. “Foi demais, fiz muita coisa. Brincar é muito legal”, opinou.
Para reabastecer a energia desse pessoal, uma comidinha vai bem. O Gustavo Melo Alexandre da Silva, também de oito anos, amou o piquenique que tinha vários doces e salgados. Ele contou também que foi ao Parque a pé, o que foi bem divertido. “Andamos até aqui e logo brincamos. Está sendo tudo muito legal”, contou o pequeno.
“Fazemos atividades durante a semana na escola, mas decidimos trazê-los ao parque para brincarem ainda mais e serem, de fato, crianças. Foi muito gostoso e é muito prazeroso oferecer essas experiências para eles”, explicou a diretora da escola, Renata Cristina Rogich Merighi.
Além de toda a brincadeira no parque que, com certeza foi uma experiência e tanto, a garotada também gosta de tecnologia e, em casa, muitos usam os jogos eletrônicos. Isso pode ser feito tanto sozinho quanto em grupo. E está tudo bem, o importante é o equilibrio.
Equilíbrio é tudo
Brincar faz bem para a mente. As brincadeiras ajudam a nos desenvolvermos em sociedade, a entender o que gostamos ou não, além de ajudar a fazer amigos. A psicóloga Claudia Guerra da Cunha, explica que algumas questões como a angústia, ansiedade, depressão, dificuldade de aprendizado e de socialização escolar, podem ser percebidas por meio da interação.
Além disso, Claudia afirma que o papai e a mamãe precisam se envolver na brincadeira, até para ajudar em alguma questão e, no final, também participar do lado legal e lúdico da coisa.
“Hoje em dia as crianças estão muito ‘presas‘ no mundo virtual ( jogos de computador, celulares, Tablet) e isso só aumenta a ansiedade, falta de empatia, e principalmente falta de socialização escolar e familiar entre as crianças e adultos. Tudo precisa de um equilíbrio”, analisou Claudia.
“Como psicóloga eu oriento estipular horários para jogos analógicos e virtuais. Com isso, podemos manter um ambiente mais saudável dentro e fora de casa. Qualquer mudança no comportamento dos pequenos é um sinal de alerta”, finaliza a especialista.
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