Colocar as mãos na terra, aprender sobre alimentação saudável e aproximar-se da natureza. Esses são alguns dos benefícios do projeto de horta comunitária desenvolvido no Centro de Educação Infantil (CEI) 123 Prof.ª Maria José Rodrigues Betti Albiero, na Vila Mineirão. No começo do mês o projeto recebeu a visita de um grupo de pais e familiares dos alunos da unidade escolar, das etapas Creche 1, 2 e 3.

A horta está sendo preparada em um espaço existente na escola. Ali estão sendo cultivados temperos e hortaliças. O projeto é feito com ajuda da comunidade, de professores e outros profissionais da escola, além de contar com a interação dos alunos, que aprendem enquanto ajudam a cuidar das plantas. Todos participam.

A iniciativa, que agrada a comunidade escolar, também envolve os pais dos alunos e a previsão é que os moradores do entorno do CEI também sejam beneficiados já que a colheita deve ser farta.

Além dos temperos, ervas aromáticas e hortaliças, a horta também vem ganhando a diversidade de pomar com o plantio de algumas árvores frutíferas, como goiabeira, cajueiro e até um pé de cacau.

A diversidade e a possibilidade de mexer na terra e cuidar das plantas está se tornando um atrativo para as mais de 120 crianças atendidas pela unidade. Elas acompanham e auxiliam os adultos nos cuidados, indo das ações de plantio à rega e manutenção da horta. É um aprendizado e tanto.

Agora, já pensou em comer o que você mesmo plantou? Porque é essa a ideia do projeto, de que os alimentos, cultivados de maneira orgânica, também possam ir para o prato, nas refeições preparadas na escola. E, como a produção tende a ser maior do que o consumo interno, a comunidade do entorno também pode ter acesso à horta e compartilhar sua produção.

“Além de ser um espaço diferente e muito lúdico, que contribui para a socialização e o aprendizado das nossas crianças, a horta também tem funcionado como um recurso importante para estreitar os laços da escola com a comunidade”, afirma o diretor da unidade, Elifaz Cândido.

Pais aprovam

Apesar de ainda estar em formação, o cultivo de produtos como cebolinha, salsa, manjericão, arruda, mamão, entre outros, já enchem os olhos de todos que chegam para conhecer a horta.

Foi o caso, por exemplo, de Carla Yuke, mãe da aluna Maria, que fez questão de ver de perto o projeto, ao lado do marido e de seu outro filho de seis anos, Joaquim. “Acho muito importante valorizar iniciativas como essa, que proporcionam liberdade de aprendizado para as crianças e as fazem ter contato com a terra”, comenta. “Eu, como pedagoga, só vejo benefícios nesse tipo de ação. Com a participação dos pais, vemos que a escola é nossa também, e é uma escola viva”, pontua.

Outra participante foi Rosemeire Oliveira Santos, mãe de Ana, uma aluna de três anos. Ela conta que já havia ouvido falar sobre a nova horta, mas pela primeira vez teve a chance de participar. “É muito bom as crianças terem esse contato com a natureza, aprenderem a plantar e a cuidar das plantas. Em casa, minha filha também tem demonstrado esse interesse. Pede para regar as plantas e gosta muito disso. Aqui é uma alegria ver as crianças todas participando”, opina.

O casal Joseane Fogaça e André Barros também esteve presente na manhã participativa. Pais da pequena Jaiane Vitória, de três anos, para eles também foi o primeiro contato com o projeto. “É muito interessante e vemos em casa o entusiasmo com que ela fala das plantas. Vemos que eles não só observam, estão interagindo, entendendo que é preciso plantar, cuidar e ter paciência para esperar até poderem colher. Acabam entendendo também a importância desse tempo de espera”, conclui o pai.

Orientando todas as turmas e também as ações dos pais, em interação com os filhos, esteve presente, ainda, a coordenadora pedagógica da escola, Gilmara Cristina Ruiz Costa. “Esse momento das crianças aqui na horta é muito rico de aprendizados. E a colaboração dos pais valoriza ainda mais o projeto”, ela finaliza. (Da Redação com informações de Secom Sorocaba)

É possível fazer em casa

Além da alimentação saudável, é muito gostoso poder comer algo que você mesmo plantou. A experiência começa ainda no preparo da terra, a escolha do local e do que se vai plantar. Depois do plantio, é hora do cuidado e da espera. É preciso regar periodicamente as mudas, além de protegê-las de chuvas e ventos fortes.

Quando a planta começa a se desenvolver, é um momento mágico. Acompanhar o surgimento de folhas, flores e frutos é emocionante e a cada dia que passa, a planta vai ganhando tamanho e se fortalecendo. É mesmo uma aprendizagem sobre o tempo necessário para as coisas.

E a natureza é tão sábia, que nem é necessário grande espaços para o cultivo de temperos e hortaliças, podemos plantar até mesmo em vasos ou garrafas pet cortadas ao meio. Na internet é possível encontrar tutoriais sobre como fazer hortas até em uma sacada de apartamento. Legal, né? Além dos cuidados que já falamos acima, a dica principal é escolher um local com bastante incidência solar e usar uma terra de boa qualidade.

A terra a ser usada não pode ser compacta e nem ter muito cascalho, que são aquelas pedrinhas que se misturam à terra em alguns lugares. O ideal é que a terra esteja solta, o que facilitar o plantio e ajuda na nutrição das plantas.

Depois da terra pronta, é preciso escolher as hortaliças que serão plantadas. Aqui, é recomendado um pequeno estudo sobre as necessidades das espécies escolhidas. É preciso saber quanto tempo de sol e quantidade de água que elas precisam.

Então, se você gostou da ideia de plantar, colher e comer seu próprio alimento, converse com o adulto que cuida de você antes de começar o projeto, e mãos à obra!