Celebrado na próxima sexta-feira (19), o Dia dos Povos Indígenas é uma importante data para o Brasil. Também chamado de povos originários, os indígenas são os moradores mais antigos do País. Eles já estavam aqui mesmo antes dos portugueses chegarem, no ano de 1500. Aqui na região de Sorocaba, por exemplo, moravam índios Tupiniquins, do grupo Tupi.

Originalmente, os indígenas viviam da pesca, caça e coleta de frutos. Moravam em ocas e mantinham a coletividade como valor social. Como viviam predominantemente em florestas, eles têm uma grande conexão com a natureza, sendo conhecedores das plantas e suas propriedades. A tradição da comunidade era a oralidade, isto é, a transmissão de conhecimentos por meio da fala. E, por conta disto, muito desses saberes ainda não estão catalogados. Ainda nos dias de hoje, há tribos que conseguem manter os costumes e devem ser protegidas.

Quando os europeus chegaram por aqui, estima-se que a população indígena era de cinco a sete milhões de pessoas. Em contato com os estrangeiros muitos adoeceram e morreram. Também houve muita morte durante conflitos com os europeus que colonizaram as terras brasileiras.

Atualmente, são cerca de 1,6 milhão de pessoas que se declaram como indígenas e existem mais de 260 povos indígenas. Entre eles estão guarani, ticuna, caingangues, macuxi, yanomami e terena. As tribos guajajara, xavante, potiguara e pataxó também têm importante presença no País. Eles têm uma língua própria, mas, infelizmente, uma parte considerável desses povos e desses idiomas está sob risco de desaparecer permanentemente pois são faladas apenas pelos membros da etnia.

Segundo o site Brasil Escola, a data comemorativa foi criada em 1943, como Dia do Índio. A alteração no nome aconteceu por meio de uma lei de 2022 e aconteceu porque a palavra “índio” acabou ganhando uma conotação pejorativa referindo-se a coisas pouco desenvolvidas e atrasadas.

Apesar da mudança, o objetivo segue o mesmo, celebrar a diversidade dos povos indígenas brasileiros. O período também pede reflexão pois, como já vimos, é uma população que reduziu desde o descobrimento do País pelos europeus.

Mas, nem tudo é tristeza nessa história, e os povos indígenas, estão conquistando espaços importantes na sociedade. Por exemplo, no início do mês, a Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição cultural criada em 1897, nomeou o filósofo e escritor indígena Ailton Krenak como membro permanente da entidade. Ele passou a ocupar a cadeira 5. Em seu discurso de posse, Krenak destacou justamente o grande número de línguas indígenas existentes.

Gostou de conhecer sobre a cultura indígena brasileira? Então, vire a página e aproveite o passatempo desta edição para saber um pouco mais sobre o assunto. (Carolina Santana)