A história contada por meio de bonecas de papel
Conhecer como as mulheres se vestiam e se comportavam antigamente. Esse é um dos objetivos do caderno “Brincando com o Acervo: Bonecas de Papel”. A cartilha educativa foi lançada pelo Museu Republicano de Itu esta semana e foi pensada especialmente para as crianças e está disponível para download no site do museu: https://museurepublicano.usp.br/.
A produção do material foi do Setor Educativo da instituição e foi inspirado na programação especial de férias que aconteceu em janeiro deste ano. Entre as obras do acervo que serviram de inspiração para a composição do caderno, estão as telas “Caboclas no Sertão do Tietê”, de Adrien Henri Vital van Emelen, “Dama de Porto Feliz com Mucama” e “Mulheres do Povo em Porto Feliz”, de 1826, ambas de Niccoló Petrilli. As três obras encontram-se na exposição “Viagens Fluviais: Homens e Canoas na Rota das Monções”.
A educadora Aline Zanatta conta que, nas brincadeiras promovidas no período de férias, as crianças foram instigadas a fazer questionamentos sobre os códigos sociais representados pelas mulheres ao longo da história, com perguntas como, “porque se vestiam assim?” ou “por que usavam determinados acessórios?”, entre outras.
Inspirada na metodologia da pergunta geradora do educador Paulo Freire, a atividade incentivou a elaboração de perguntas e diálogos sobre o passado e o cotidiano das mulheres no presente. “As brincadeiras tinham como propósito o questionamento sobre as imagens ideais construídas em relação ao corpo, atividades exercidas e vestimentas femininas no passado”, explica Aline Zanatta.
De acordo com a educadora, as bonecas de papel surgiram na Europa no século 18. Feitas de papel, as roupinhas eram recortadas e presas no modelo com pequenas abas. No Brasil, elas circularam a partir da segunda metade do século 20, prosseguindo por várias gerações.
Outros materiais
No site do Museu Republicano os internautas podem encontrar alguns materiais educativos já disponibilizados, como o quebra-cabeça educativo sobre a tela “Salto de Itu, Piquenique da Família do Dr. Elias Antonio Pacheco e Chaves”, de José Ferraz de Almeida Júnior, e o site educativo “Cardápios e Banquetes na Coleção Washington Luís”, entre outros.
(Da Redação)
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