É o bicho
Tatu que cresceu no zoo dá origem a estudo sobre a espécie
Um tatu que mora no zoo de Sorocaba, o Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, ficou famoso no meio científico. Ele é órfão e chegou ao zoo ainda bem bebê, nem abria os olhos. Ele foi cuidado pelos profissionais do parque, e toda trajetória de crescimento do bicho foi anotada e virou um estudo publicado na edição 24 da Revista Xenarthra. O objetivo do estudo é o de divulgar as técnicas utilizadas no cuidado com o tatu e também contribuir para a conservação da espécie.
Ele é um tatu-de-rabo-mole-grande (Cabassous tatouay) e o trabalho científico teve como objetivo relatar a criação e o desenvolvimento, sob os cuidados humanos. Durante o processo, seu crescimento foi acompanhado por meio de pesagens periódicas e o bom estado de saúde do animal comprova que os cuidados neonatais se mostraram adequados para o desenvolvimento da espécie.
O tatu-de-rabo-mole-grande habita áreas de florestas da mata atlântica, caatinga, cerrado, pampa e em ambientes de transição entre cerrado e pantanal. Tem hábito solitário e noturno, passando a maior parte do tempo dentro dos túneis que cava. Por conta disso, ainda é uma espécie pouco conhecida pela ciência.
Quem tiver curiosidade de ler o trabalho feito no zoo de Sorocaba, ele está disponível pelo https://tinyurl.com/trabalhocientificozoosorocaba. A Xenarthra é a única revista dedicada à publicação de artigos científicos e comunicações breves sobre diferentes temas da conservação e história natural de xenartros — um dos grupos de mamíferos menos conhecidos e notoriamente difíceis de estudar na natureza, que engloba os tamanduás, preguiças e tatus. (Da Redação com Secom Sorocaba)