A Nova Zelândia inaugurou agora em fevereiro seu primeiro hospital para kiwis, aves não voadoras endêmicas no país, e seus veterinários já receberam o primeiro paciente: um pássaro que caiu em uma piscina e foi batizado como “Splash”.

O crescente número de exemplares da espécie, que já esteve ameaçada, levou à construção dessa clínica em Kerikeri, a três horas de carro de Auckland.

Construído pelo grupo conservacionista Kiwi Coast, fica no coração da região de Northland, que acolhe cerca de 10.000 dos 26.000 kiwis marrom do país.

A população dessa pequena ave aumentou em cerca de 1 mil exemplares desde que foi classificada em 2008 como “vulnerável em nível nacional”. A espécie agora é considerada “não ameaçada”.

Esse aumento se deve principalmente ao sacrifício de predadores, como furões e arminhos, mas também porque tutores receberam cursos para ensinar seus cães a não atacar as aves.

O primeiro paciente chegou antes mesmo da abertura do centro veterinário: um pequeno kiwi que escorregou e caiu no filtro da piscina.

“Ele foi encontrado quase morto na manhã seguinte por um trabalhador em um local próximo”, acrescenta a coordenadora da Kiwi Coast, Ngaire Sullivan.

Em outros tempos, os kiwis doentes ou feridos eram enviados para um hospital a uma hora de carro e alguns “não sobreviveram à viagem”, explica.

A diretora do centro, administrado por voluntários, garante que esse tipo de instalação é importante para manter a população dessa espécie.

Emily King, especialista sobre esse tipo de animal no Departamento de Conservação, indica que “a maré está a favor do kiwi”, mas, sem “esforço sustentado”, a ave pode voltar a ficar ameaçada. (Da Redação com AFP)