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É o bicho

Cavalo-marinho dá à luz mais de 300 filhotes

27 de Janeiro de 2024 às 22:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
É a única espécie em que é o macho quem choca e dá a luz aos filhotes
É a única espécie em que é o macho quem choca e dá a luz aos filhotes (Crédito: REPRODUÇÃO / OCEANIC AQUARIUM)

Um cavalo-marinho da espécie Hipocampus reidi deu luz a mais de 300 filhotes no Oceanic Aquarium, em Balneário Camburiú, Santa Catarina, no último dia 16 de janeiro. O momento foi registrado pela líder de manejo do aquário, Tamiane Laffer, em um vídeo que mostra o macho adulto expelindo os filhotes. De acordo com a instituição, os cavalos-marinhos são a única espécie em que é o macho quem choca e dá a luz aos filhotes.

“São conhecidos como cavalos-marinhos-de-focinho-longo. A espécie tem grande capacidade de se camuflar, podem mudar de cor para serem confundidos com o habitat onde vivem. Tem a cabeça mais alongada e os olhos pode se mexer em direções contrárias ao mesmo tempo. Adultos podem chegar em média a 17 centímetros de comprimento”, informou o Oceanic Aquarium sobre a espécie, ao comemorar a primeira vez em que um nascimento de cavalos-marinhos aconteceu no aquário.

De acordo com a instituição, os peixes vivem em um aquário exclusivo para eles e podem viver até 5 ou 7 anos. A gestação da espécie dura em média um mês e os filhotes têm cerca de 2 milímetros de comprimento. É comum que, dos mais de 300, muitos não sobrevivam. “Mas o esforço da equipe técnica agora está em fazer com que o maior número de filhotes sobreviva”, afirma o aquário.

Os pais nasceram na Universidade Federal de Santa Catarina, “portanto essa é a segunda geração da família desses cavalos-marinhos a se reproduzir e nascer sob cuidados humanos”. A reprodução em cativeiro faz com que os animais não possam ser soltos na natureza, já que provavelmente não sobreviveriam em ambiente selvagem.

A reprodução colabora, no entanto, segundo o Oceanic Aquarium, para a manutenção sustentável da população da espécie que vive no aquário. Biólogos afirmam que o cultivo de espécies em cativeiro é importante para pesquisas e preservação. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)