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Um passeio pelos 60 anos (bem vividos) da Mônica

Exposição na Casa das Rosas, em São Paulo, encanta os fãs com curiosidades e itens históricos da turminha

20 de Janeiro de 2024 às 23:01
Thaís Marcolino [email protected]
Primeira tirinha da Mônica, publicada em 1960, no jornal Folha de São Paulo
Primeira tirinha da Mônica, publicada em 1960, no jornal Folha de São Paulo (Crédito: THAÍS MARCOLINO)

Desde o ano passado, muitas pessoas -- desde crianças a adultos -- têm celebrado os 60 anos de uma das turmas mais famosas do Brasil: a da Mônica. Ao longo dos anos, o enredo que conta sobre a vida dos amigos da protagonista (como Cascão, Cebolinha e Magali) no bairro do Limoeiro alcançou milhares de fãs. E para comemorar esse sucesso todo, em São Paulo está rolando uma exposição bem legal que não conta apenas sobre a Turma da Mônica, mas também, como essas histórias ganharam relevância a cada ano e até itens inéditos.

A exposição “Sempre fui forte” acontece na Casa das Rosas, localizada na avenida Paulista, no coração de SP. De graça, ela fica aberta até 20 de fevereiro e, por conta da alta demanda, é preciso agendar a visita.

Assim que o público chega ao local, já encontra uma boneca gigante da Mônica. Esse ponto é quase que obrigatório para a foto. Em outros pontos do Jardim da Casa, outros personagens (aí em tamanho menor) também estão posicionados. Desenhos de fãs, que mostra a menina de vestido vermelho em suas várias versões, estão dispostos em um corredor com flores. Esse espaço é chamado de “Tributo a uma grande personagem”.

Isabel Almeida, de sete anos: "também uso o Sansão para bater" - THAÍS MARCOLINO
Isabel Almeida, de sete anos: "também uso o Sansão para bater" (crédito: THAÍS MARCOLINO)

Ainda na fila encontramos a Isabel dos Anjos Almeida, de sete anos. Na companhia da mamãe Augusta, da prima Janaina e irmã Mariane, a pequena trazia em seus braços um dos ícones da Mônica: o Sansão. “Ganhei ele há três anos do meu pai e eu amo ele, é um dos meus pelúcias preferidos”, disse. Como tinha bastante gente aguardando para entrar na exposição, a moradora da Capital nos contou que a fila não era problema, já que ela ama a Mônica. O motivo é um tanto quanto curioso. “Gosto dela porque eu sou um pouquinho brava, igual ela. Também uso o Sansão para bater”, complementou. Eita!

Por falar em Sansão, um dos primeiros pelúcias usados por Maurício de Souza está exposto logo no primeiro andar. A mostra é dividida em 12 salas, separadas em três andares. Ela traz a trajetória completa da Mônica, desde sua estreia marcante em 1963, até se tornar um ícone cultural.

A nós, a história foi apresentada através dos gibis, que contam as mais variadas histórias e que, muitas vezes, trazem temas relevantes para a nossa vivência como sociedade. Há um espaço exclusivo para eles, na qual são divididos por temas, como economia, educação, ética, social, saúde, entre outros.

Ainda no primeiro andar, está reproduzida a primeira tirinha, em 1960, publicada no jornal Folha de São Paulo. Ao lado, a foto da filha do Maurício de Souza, a Mônica, a inspiradora da história.

O coelho de pelúcia original da Mônica - THAÍS MARCOLINO
O coelho de pelúcia original da Mônica (crédito: THAÍS MARCOLINO)

Subindo as escadas -- ou o elevador -- tem-se uma verdadeira imersão no que a Turma da Mônica virou com o passar dos anos. Seção dedicada aos dois filmes em live-action (Laços e Lições), aos produtos licenciados (iogurte, jogo de tabuleiro, shampoo, fruta, etc), o processo de criação das capas dos quadrinhos, miniaturas colecionáveis, entre outros. É muita coisa, sério!

Esse andar reserva ainda, algumas surpresas para o público. Antes das câmeras fotográficas, as fotos eram observadas em monóculos, nos quais é preciso fechar um dos olhos e, com o outro, forçar um tiquinho a vista para ver a imagem “guardada”. Como a Turma da Mônica ganhou uma exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1979, a intenção dos organizadores é proporcionar uma experiência parecida. Ao olhar pelos buraquinhos, peças usadas naquela mostra podem ser vistas.

Outra interação que a garotada adorou é a participação virtual em uma das capas das revistinhas da Turma da Mônica Jovem. Bastava ficar em frente à câmera, posicionar o celular e pronto, você já fazia parte da Turma da Mônica. Legal, né?

Heitor Bauman, de oito anos, adorou o trono do "Rei" Sansão - THAÍS MARCOLINO
Heitor Bauman, de oito anos, adorou o trono do "Rei" Sansão (crédito: THAÍS MARCOLINO)

Hora de subir para o terceiro e último andar. Digamos que a Mônica sem o Sansão é como um avião sem asas -- um pouco sem sentido. Já que esse personagem é tão icônico na história, ele não ganhou apenas uma sessão, mas sim uma poltrona digna de rei com centenas dele. Quem teve o prazer de chegar pertinho dele foi o Heitor Jonatas Carvalho Bauman, de oito anos.

“Amei tudo que vi aqui é muito legal. Eu gostei muitão do trono do Sansão, é muito lindo. Outra coisa que também gostei foi o jogo do cubo, em que a gente tem que acertar o pé certo de cada personagem. E eu ganhei, né?”, contou o estudante paulistano que foi acompanhados dos papais Claudia e João.

Já que a Turma da Mônica sempre foi ativa nas atividades escolares, há algumas atividades interativas: espaço de leitura, com os famosos quadrinhos da Turminha e o Monicolorindo com desenhos para colorir e oficina de artes.
Hora de dar tchau, mas não sem antes conversar com uma duplinha. Kamilly Victória Cardoso Sousa, de 10 anos e Beatriz Castro de Oliveira Cardoso, de nove, se apaixonaram pelos desenhos de “antes e depois” da Mônica. “Já conhecia alguns, mas o que tem aqui são bem diferentes e legais, amei”, disse Kamilly.

Kamilly Victória Cardoso Sousa, de 10 anos, e Beatriz Castro de Oliveira Cardoso, de nove, ganharam HQs - THAÍS MARCOLINO
Kamilly Victória Cardoso Sousa, de 10 anos, e Beatriz Castro de Oliveira Cardoso, de nove, ganharam HQs (crédito: THAÍS MARCOLINO)

Ao sair, todos recebem um gibizinho com o tema “Vacinação, vida saúde de montão”. Para Bia, ganhar o exemplar é muito legal. “Vou ver em casa, adoro ler”, disse a pequena. As meninas foram acompanhadas da mãe da Beatriz, a autônoma Shirleyde Castro de Oliveria Cardoso. (Thaís Marcolino)

Serviço

Exposição: “Sempre Fui Forte”
Quando: até 20 de fevereiro
Horário: De terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Local: Casa das Rosas, Av. Paulista, nº 37. (Próximo à estação Brigadeiro do Metrô)
Entrada gratuita mediante agendamento obrigatório pelo site: site.casadasrosas.org.br/exposicao/
Organização e curadoria: Jacqueline Mouradian
Realização: Mauricio de Sousa Produções, Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Poiesis, Casa das Rosas e Fenix Cultural
Patrocínio: Bradesco e Sanofi
Apoio: SkyFix e BIC

Galeria

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