Eu já li
Caderno, diário, registro, memória
Ao ler o título “A misteriosa história de Ca.di.re.me.” imaginei logo quem seria Cadireme, tadinha, com um nome desses? Na primeira página descobri o engano: Ca.di.re.me. foi o nome que as primas Julia e Olivia deram ao seu “caderno-diário-registro-memória” (uma junção das primeiras sílabas de cada nome).
Elas têm doze anos, e uma linda amizade, que busca um jeito de se manter viva mesmo depois do fim do casamento dos pais de Julia e da mudança de Olivia para o interior de Minas. Engenhosamente elas inventam o ca.di.re.me, uma espécie de caderno de memórias viajante, que vai e vem pelo correio, matando um pouco da saudade enquanto elas não podem se encontrar pessoalmente.
Depois de várias histórias compartilhadas no indo e vindo de ca.di.re.me, as meninas finalmente poderão estar juntas. Julia vai visitar Olivia em Poços de Caldas. Mas para não perder a magia da correspondência trazida de longe, dias antes, ela coloca o pacote com ca-di-re-me no correio, no intuito que encomenda chegue antes dela, surpreendo a prima. A surpresa, no entanto, é outra: o precioso pacote não chegou ao seu destino. Mais que isso: desapareceu!
A partir daí uma grande investigação se inicia, todos se juntam afim de resgatar ca.di.re.me, inclusive Dona Zulmira, uma senhora de 84 anos, vizinha de Olivia. Alguém cuja história de vida retrata também história do nosso país, num relato emocionado de uma amizade interrompida.
Uma história inspiradora, escrita por Tatiana Filinto, apresentada por Antônio Prata e publicada pela Editora Boitatá.