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O vaso rosa da Dona Rosa tem uma rosa

Artigo escrito por Vanessa Marconato Negrão

07 de Outubro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Divulgação)

O escritor espanhol Miguel de Cervantes dizia que o português é um idioma “doce e agradável, a língua mais sonora que existe no mundo.” Concordo plenamente, sua riqueza é incontestável. Temos um vasto vocabulário, uma grande variedade de pronomes e combinações de tempos verbais, o que pode resultar em construções textuais bonitas e harmoniosas.

Em compensação, a língua portuguesa, principalmente o português falado no Brasil, também é considerado bem difícil por quem pretende aprender nosso idioma. São muitas regras gramaticais e o mais difícil: para cada regra, há uma exceção! Um tanto confuso. E nessa diversidade toda existem as palavras homônimas, que são palavras pronunciadas da mesma forma, mas com significados diferentes.

Vou dar alguns exemplos: “Os alpinistas estão escalando o morro”. (monte). “Eu morro de medo de altura!” (verbo morrer). Ou: “Quando ele a chamou, ela olhou para trás”. (local posterior). “Não se preocupem, ele traz o material”. (verbo trazer).

Nos últimos meses, um criador de conteúdo digital resolveu explorar o lado cômico das palavras homônimas e arrancou muitas risadas com frases como: “Isso aqui é uma rosa. Essa é a dona Rosa. Essa é uma rosa, no vaso da Dona Rosa”.

“Macaco com rabo não troca pneu”, de Sinval Medina e Renata Bueno, conta com essa mesma brincadeira com palavras. Uma delícia de ler, diversão garantida. Além das palavras homônimas também há um gracejo com as palavras “quebradas”. Uma amostra: “Dentro da palavra canário, tem cana e rio. O canário trina do alto de um pé de cana e o rio canta do fundo do seu leito.”

As ilustrações solares de Duda van den Berg atiçam ainda mais a imaginação de quem lê, contando outras histórias. Uma publicação da Editora Brinque Book.

Vanessa Marconato Negrão é professora e apaixonada pela literatura infantil