Não existe estação mais florida do que a primavera. Juntinho da gente até dezembro, ela é uma das estações preferidas de muita gente. Tanto que é comum as unidades de ensino de diversas cidades apostarem na Festa da Primavera. Fomos convidados a participar de uma delas, a do Instituto de Educação Especial Clave de Sol, que aconteceu no dia 23 de setembro.

Quando chegamos, vimos o espaço florido e decorado com a temática da festa. Tudo era feito de material reciclável, ou seja, garrafa pet, papelão, madeira, palito de sorvete, suporte para ovos, entre outros. Claro que os materiais foram limpos e pintados para dar toda a alegria que a estação das flores pede.

“Os alunos também fizeram a apresentação de seus trabalhos com base na releitura das obras de Vik Muniz. Mas na parte da dança, que muitos assistidos amam e ensaiaram com tanto carinho, foi apresentado as músicas “Girassol”, de Priscila Alcântara e “Trevo”, de AnaVitória”, disse a coordenadora pedagógica da escola, Ana Maria Pravatta Barion do Nascimento.

Quem amou ver a irmã dançando e sendo feliz foi o Arthur Soares Nunes, de nove anos. “Sempre venho, como sou mais novo que a Isabel, desde pequeninho venho nas festas da escola, e é muito legal, amo minha irmã”, disse. A Isabel Cristina Nunes é assistida pela Clave de Sol desde os oito anos - hoje está com 22.

O Ivan Antônio Ribeiro Venâncio, de 11 anos, deu uma pausa da degustação do pastel para conversar rapidinho com a gente. “Comi bastante, está sendo bem legal”, disse o estudante, que chegou este ano à escola. Ele foi acompanhado de sua avó, Roseli Venâncio. Para ela, a festa é muito boa por que “ajuda na integração dele, que tem transtorno de hiperatividade e déficit de atenção.”

E é essa a percepção mesmo. “Existem algumas famílias que por condições comportamentais e de aceitação social, acaba se privando dos momentos de lazer, quando elaboramos uma festa ao nosso público da educação especializada buscamos priorizar o conforto da família, a acessibilidade dos alunos, apoiamos a todos em suas especificidades -- é em festas assim que vemos alunos experimentando outros alimentos, mães e pais na pista de dança, profissionais em prol do grupo de assistidos -- a diversão não faltou em nossa festa. Fora que esse tipo de evento fortalece o vínculo família-escola”, finalizou Ana Maria. (Thaís Marcolino)