Cruzeirinho
Crianças e animais: histórias de amor e amizades
A convivência com os bichos pode ser muito benéfica, ajudando no desenvolvimento da responsabilidade e da empatia

Você tem ou já teve vontade de ter um animalzinho de estimação? Saiba que não está sozinho nessa. Uma pesquisa de 2021, do Instituto Pet, mostrou que só no nosso País existiam, na época, mais de 149 milhões de animais de várias espécies (cachorros, gatos, aves, etc) sendo cuidados nos mais diferentes lares do Brasil. Um ano e meio se passou, então não há dúvidas que esse número tenha aumentado, né?
Mas isso só mostra o quanto a relação entre animais e seres humanos faz bem e, por isso, existe tanta gente interessada em sentir esse amor. Afinal, não é à toa que dizem que o “cachorro é o melhor amigo do homem”, não é mesmo? Agora, que tal trocar o cachorro por animais nessa frase? É uma boa também!
Falamos isso porque, independente da espécie, a convivência com um animalzinho é muito boa, principalmente para as crianças. “Ter um animal em casa ajuda as crianças e adolescentes a lidarem com a solidão, a diminuir o estresse, e aumentar o senso de empatia, compaixão e a alegria”, explica a psicóloga Cláudia Guerra da Cunha.
Uma dupla que sabe bem como é conviver com os animaizinhos por perto é a Milena e o Yago dos Santos Barbosa, os irmãos de 13 e 11 anos, respectivamente. Eles não tiveram apenas cães e gatos, que são os mais comuns nas casas das pessoas, mas sim hamster, peixes e pássaros (esses são da avó, mas isso não os impede de conviverem também).
Hoje, os irmãos cuidam e acompanham o desenvolvimento de nove peixes, que ficam no aquário da família. O carinho é tanto que todos têm nome. O Rhysand, Candan e Abigail são os acará bandeira; o Bluberry e Moranguinho da espécie betta splendens, por exemplo. A família de peixes ainda tem dois cascudos, que têm uma função de “limpar” o aquário, já que comem algas, resíduos nas pedras e limo. Antes, um hamster, chamado Pulinho, também fazia parte dos bichos que recebiam amor deles, mas, infelizmente, morreu.
Para Milena dos Santos Barbosa, ter tantos animais em casa a deixa alegre. “É muito legal e importante cuidar de um bichinho porque eles podem, às vezes, depender da gente, e como donos temos o dever de cuidar e dar carinho para eles. Eu amo cuidar dos bichinhos, é divertido e me alegra demais tê-los perto de mim”, disse a jovem de 13 anos.
Já o Yago, sente que os animais são capazes de entender até melhor que os humanos, quando os outros estão tristes. “Sinto que os gatos sabem quando a gente não tá bem, ficam perto e tentam dar carinho, sabe?! É muito legal e interessante”, disse o pequeno de 11 anos.
E as melhoras e boas percepções não param por aí. “Ter um animal de estimação requer responsabilidade afetiva e isto é muito bom para o desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes. No campo emocional, estar perto de um bichinho alivia principalmente a ansiedade de quem convive com eles. Os animais de estimação podem ajudar a lidar com os sintomas da ansiedade e com quaisquer condições que ameaçam a saúde mental”, analisa a psicóloga Cláudia.
Toda essa vivência, seja com alta, média ou pequena intensidade, só tem ganhos, já que os pequenos acabam se tornando adultos mais responsáveis afetivamente, mais cuidadosos com os outros, desenvolvem a empatia pelo próximo e, com certeza, serão adultos mais felizes.
E se você ainda não tem um animal, mas acha legal, converse com o adulto que cuida de você sobre o assunto. A ideia de agregar um animal à família deve ser bem pensada e feita da maneira correta, com toda documentação e responsabilidade necessária.
Mas antes de encerrarmos, temos algo importante pra te falar. Cuidar de um animal requer muita responsabilidade e, apesar de ser gostoso, dá muito trabalho. Então não pode deixá-lo abandonado sem os cuidados básicos, tá?! Um animalzinho também é uma vida. Ele precisa ser alimentado diariamente, ter água limpa, abrigo seguro e cuidados veterinários. Não é brincadeira!
Gatos são estrelas em exposição
Gatos sem pelos e outros com a pelagem longa, “gigantes”, oriental, exótico, entre outros. Essas são algumas das características dos felinos encontrados na quarta edição da “Expo Gatos Sorocaba”, realizada no começo de junho aqui na cidade. E olha, era cada gatinho lindo! Vocês tinham que ter ido... E foi tanta gente, e galera de todo Brasil, viu?!
A Heloísa Alves Tobias, de oito anos, mora em São José dos Campos, e veio para Sorocaba para conhecer e se apaixonar pelos bichanos. Com a companhia da tia Cibele Santos, ela não deixou de acariciar a Monalisa, da raça persa. Na ocasião, ela contou para gente ter sido a primeira vez que participou de um evento como esse, e amou. “Já tenho alguns animais lá em casa e acho um máximo, brinco bastante com eles. Os que tem aqui são diferentes, lindos e curiosos, vai que minha tia me dá um também”, expressou.
Mas no dia não teve só exposição, não. Teve também uma feira de adoção de animais abandonados. Assim, tanto o pessoal de Sorocaba, quanto de qualquer parte do País pôde sair do evento com um gatinho novo. E o mais legal, é que os bichanos tiveram a chance de ganhar um novo lar cheio de amor depois de sofrerem a dor do abandono. (Por isso que falamos antes da responsabilidade ao cuidar de um animal, lembra?).
Os bichanos para adoção eram da Associação Abrigo Temporário de Animais Necessitados (Aatan). Quem se encantou por eles foi Benício Camignoli Giudicio, de apenas 5 anos. Ele, que mora em São Bernardo do Campo, saiu do evento com um novo gatinho, e antes mesmo de voltar para casa, já deu um abraço apertado no novo membro da família.
Seu pai, Lucas, aprovou a feira e contou que o filho ama os animais. “É muito legal tudo isso e o Benício sempre se comporta muito bem com os bichos, sinto que fica até melhor, tem melhores reações e comportamentos.”
E aí, com tantos depoimentos legais, bora ter um animalzinho também para chamar de seu? (Thaís Marcolino)
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