Olha o passarinho
Ananaí
Nome popular: Ananaí
Nome científico: Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789)
Com seus pés vermelhos, asas com um colorido brilhante (iridescentes) e uma clássica cara de pato dos desenhos animados, o ananaí (ou pé-vermelho) é a ave desta semana. Parente dos patos, marrecos e cisnes, possui asas em uma cor azul brilhante bem viva. No final delas, há uma faixa triangular branca. As penas do seu corpo, muito diferentemente das suas asas, possuem uma cor bege clara bem discreta. Seu bico varia de macho para fêmea, sendo mais azulado nas fêmeas e vermelho-claro (quase rosa), nos machos.
Seus pés possuem uma coloração avermelhada (por esse motivo ele é conhecido como “pé-vermelho”). Também possui membranas entre os dedos, as chamadas membranas interdigitais, que ajudam a nadar de forma mais eficiente pela água, o famoso “pé-de-pato”. Em geral, seu tamanho é um pouco maior que uma régua padrão, medindo em torno de 40 centímetros.
Essa marreca alimenta-se filtrando seu alimento na superfície da água. Como ela faz isso? No seu bico, existem serrilhas (como se fossem pequenos dentinhos) e uma série de fiozinhos que, juntas com sua língua bem sensível, ajudam o animal a se alimentar de seu prato predileto: o plâncton, que são pequenos seres que flutuam na superfície d’água e que patos, cisnes e marrecos amam comer. Para isso, no momento em que a água passa pelos fiozinhos (os quais os cientistas chamam de lamelas) e a serrilha no bico, o alimento fica preso nessas estruturas e, depois, é só engolir “goela” abaixo.
Na época de reprodução, o ananaí constrói o ninho forrado por uma penugem que a fêmea arranca do próprio corpo. Ela coloca até 14 ovos em cada postura. Ao nascerem, os filhotes possuem uma plumagem mais discreta para se camuflarem na vegetação ao redor.
A marreca-ananaí possui a azeiteira na base de sua cauda que, junto com seus pés de pato, ajuda a boiar e flutuar mais eficientemente sobre a água. Para quem ficou confuso, aí vai uma explicação: a azeiteira, como é chamada popularmente (ou glândula uropigiana, pelos especialistas), é uma glândula que, ao passar o bico nela, ele fica todo oleoso e, quando passa nas penas, elas ficam impermeáveis, ou seja, não molham com facilidade. Muito legal, não acha?
Faça sua parte
Uma de suas funções na natureza é ajudar a controlar o excesso de seres microscópicos nos corpos d’água, a fim de não se multiplicarem muito e não acabarem prejudicando os ambientes aquáticos, como um todo. Assim, vamos preservar os corpos d’água, pois é o lar desses animais. Descartar óleo, lixo e demais resíduos no lugar certo é a forma mais fácil de cuidar das nossas águas e dos animais que vivem nelas, como nossa amiga ananaí.
Elaboração: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema)