Quando você pensa em trânsito, o que vem na sua cabeça? Provavelmente, muitos carros e motos. Mas você sabia que o trânsito é mais do que isso? Ele inclui quem está a pé, quem está na bicicleta, os animais usados como meio de transporte, as placas, os semáforos, entre outros. E, às vezes, algumas situações não tão legais acontecem; por isso, é tão importante o respeito e ter educação para o trânsito.

E como saber o que é certo e errado? Alguns adultos explicam, mas tem uma turminha especialista nisso que prepara há anos uma forma bem legal de ensinar a criançada sobre o trânsito por meio do teatro com a peça “Super Amarelinho”, que também é o grande protagonista e herói da história. A iniciativa faz parte do Maio Amarelo, movimento criado para conscientizar e prevenir acidentes de trânsito durante todo o mês, e tem realização, em Sorocaba, pela Urbes -- Trânsito e Transporte e Secretaria de Mobilidade (Semob).

Antes de te contarmos sobre o combate contra os vilões, você sabia que “amarelinho” é a maneira, um tanto quanto carinhosa, que nossos agentes de trânsito de Sorocaba são chamados e conhecidos pela população? E esse nome é por causa da roupa que eles usam, quase toda amarela.

Voltando a nossa história... ela conta a vida do nosso super herói e do seu amigo Fred na luta para manter nossa querida cidade sem tantos problemas. Porém, o super vilão Velox, junto da Caninha, tem outros planos. Eles criaram um equipamento que manda ondas magnéticas para o mundo real, confundindo a cabeça dos motoristas para que eles façam tudo errado, causando muitos acidentes. Depois de alguns embates e bons ensinamentos por parte do Super Amarelinho, o bem venceu o mal e Sorocaba ficou a salvo daqueles que só queriam ver o caos.

Quem teve a chance de ver de pertinho a narrativa e as cenas dessa grande aventura foi uma galerinha do ensino fundamental da Escola Municipal Mattheus Maylasky. Eles aprenderam muitas coisas importantes de serem aplicadas no dia a dia. Preparados para um pequeno spoiler? Então vamos lá.

Quando estivermos com o papai, mamãe, ou outro adulto no carro ou em outro veículo que tenha cinto de segurança, é sempre necessário usá-lo; sempre que estiver a pé, prestar atenção ao andar e atravessar a rua, é preciso respeitar o semáforo para saber quando a travessia é segura; ficar atento às placas de sinalização, pois elas são posicionadas para nos ajudar, entre outros pontos.

“A interação é maravilhosa porque a gente percebe que eles prestam atenção e depois a peça acaba, muitos vão até os atores para abraçar, tirar foto, pedir autógrafo, então acredito que eles absorvem muito do que é passado aqui e eles adoram essa peça”, contou o agente de trânsito Alex de Gois Santos, que atua no setor de educação para o trânsito da Urbes/Semob.

O que ele disse é muito real. “Eu vi também sobre o perigo de beber e dirigir, o limite de velocidade e achei tudo importante para contar para meus pais e evitar os acidentes”, contou o pequeno Joaquim Lira de Abreu, de 7 anos.

Assim como seu amiguinho de classe, a Jennifer Layane Lopes Ribeiro, de 7 anos, aprendeu muitas coisas, mas o que mais a chamou atenção foi o final. “Amei que o Super Amarelinho venceu o Velox e a cidade deixou de ficar em perigo. E algumas coisas que ele eu já sabia, porque a mamãe me ensina quando saímos o que é certo e errado no trânsito, por exemplo... mesmo se o semáforo estiver vermelho para o carro, tem que esperar eles pararem, porque sempre tem um que passa no vermelho e pode machucar a gente”, disse.

“Qualquer informação que a gente passa pra criança hoje ela vai entender e aplicará no futuro, por isso é tão importante esse papo que a gente tem. O teatro estimula a mente delas sobre o que é o certo no futuro”, complementa o agente de trânsito.

Outras ações

Além do teatro Super Amarelinho, a equipe preparou, durante todo o mês de maio, outras ações para ensinar como ter um trânsito melhor e sem brigas. Entre elas, os teatros “Detetives do trânsito” e “Xô acidentes” e o “Tabuleiro” -- um jogo de perguntas e respostas sobre segurança no trânsito. E os adultos não ficaram de fora não; acreditamos que até o final do mês eles vão encontrar muitas atividades em cruzamentos e ruas de Sorocaba. Depois disso, que tal vocês conversarem sobre o assunto?

Aprendizado que vai para casa

Ao terminar o teatro, os alunos recebem dois livrinhos. Um deles é a história que eles acabaram de ouvir em formato de histórias em quadrinhos (HQ’s) e outro com brincadeiras relacionadas ao trânsito. O Gustavo Marçal Guerrero, de 9 anos, é um dos que gostam do tema. “Sempre presto atenção nas placas e uma que gosto bastante é a pare, porque a cor mostra que algo é proibido”, disse.

Ele também contou pra gente que só não chama a atenção do papai no trânsito porque nunca o viu fazendo algo errado, mas que não vai deixar de contar o que viu para que eles continuem sendo legais no trânsito. “Puxo a orelha sim, é o certo, não é verdade?.”

Livio Miguel Camargo da Silva, também de 9 anos, viu o teatrinho pela primeira vez e amou. “Amei os livrinhos que ganhei, e claro que vou mostrar para mamãe e papai, assim tanto eu quanto eles não esquecemos do que é correto. Vou jogar com eles sim, adorei”, contou o pequeno. (Thaís Marcolino)