Nossa edição do início do mês trouxe o assunto “dengue”, você se lembra? A situação quanto ao combate ao mosquito Aedes aegypti está tão complicada em várias cidades da nossa região que as ações de conscientização não param. E tem muita criança preocupada com isso. A turminha do 3º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Prof. Abimael Carlos de Campos, de Votorantim, que o diga.

Cerca de 40 alunos foram para a frente da escola para relembrar aos motoristas que passaram pela rua Sílvio Matiolli, no dia 31 de março, do quão importante é cuidar para que os casos de dengue não aumentem no município. Para isso, eles prepararam folhetos e placas com orientações para se proteger e, se por acaso alguém sentir algum sintoma, onde buscar atendimento na cidade.

Animação não faltou. Além de entregar os papéis, a todo momento gritavam: “cuida da dengue”, “olha a dengue”, “dengue mata”, entre outros. Mas antes de chegarem às ruas, o trabalho começou em sala de aula com a criação das placas e panfletos e algumas aulas sobre o mosquito transmissor da dengue, zica e chikungunya.

Um dos cartazes, inclusive, foi produzido por duas alunas, a Alice e a Sophia. “Fiz uma menina tirando a água do pratinho de planta e colocando areia para que o mosquito da dengue não chegue perto e se multiplique. A frase é da minha colega So­phia, que escreveu: ‘Melhor passar um dia limpando o quintal do que passar um dia no hospital’. Fiquei muito feliz do meu desenho ter sido escolhido entre tantos”, disse Alice Ribeiro Soares, de oito anos.

Os pequenos Isaías Kevin Ferreira Vieira e Arthur Davi Leite, ambos com oito anos, também amaram passar um tempo na rua para conscientizar a população. “Eu achei muito importante porque da mesma maneira que as pessoas aprendem a cuidar das coisas, a gente também se alegra por poder conversar com elas, nem que seja rapidinho. Amei demais e espero que tenha outras vezes, comentou Arthur.

“Achei muito legal porque a dengue mata e ninguém merece morrer. Todo mundo tem que se cuidar direitinho e eu aproveito para passar repelente e não jogo lixo na rua não porque se chover acumula água”, complementou Isaías.

Apesar de envolver apenas os alunos do terceiro ano nessa ação, o tema da dengue foi abordado com professores em todas as séries. “A ideia é perceberem o protagonismo que eles têm, de conscientizar a população e adquirir sentimentos de responsabilidade pelo espaço em que vivem”, analisou Nilson Furlan, diretor da escola há sete anos. (Thaís Marcolino)