Cruzeirinho
História ‘Duda e Ana’ busca despertar a empatia nas crianças
O Brasil tem mais de seis milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual, ou seja, que possuem certa dificuldade para ver as coisas ou, simplesmente, não enxergam nada. E quando você encontra com elas, como se comporta? A melhor atitude é ter empatia e perguntar caso esteja com dúvidas.
A forma encontrada pelo Sesc Sorocaba, no último dia 18, para explicar o mundo do deficiente visual de forma bem lúdica e simplificada às crianças, foi convidar a pedagoga especialista em deficiência visual, Fiama Guterres, para conversar com elas. Ela narrou a história de Duda e Ana -- duas meninas com baixa visão e cegueira, representadas por bonecas de pano -- e, durante a contação, deu detalhes das características visuais, da mesma maneira que é feito com os deficientes na vida real. Explicou a condição de cada uma, detalhou o que são os cães-guias e a diferença entre as cores das bengalas: verde para pessoas com baixa visão, branca para cegos e branca com vermelho para pessoas com surdocegueira.
Depois, a Fiama proporcionou que as crianças sentissem um pouco na pele o que os deficientes sentem diariamente. Ela levou um óculos com visão embaçada e uma caixa com vários objetos e cada um teria que fechar os olhos, pegar um item e tentar adivinhar apenas pelo tato. “Não enxergava quase nada, mas foi legal”, disse a Analiz Marafon, de 5 anos. Arthur Moraes, de 4 anos, “testou” a visão embaçada, e ficou satisfeito em tirar uma concha de dentro da caixa e acertar só pelo toque. “Coloquei no ouvido e ouvi o barulho do mar”, disse.
A ação teve como objetivo principal demonstrar o quão importante é olhar para as pessoas com deficiência e levar o conhecimento da causa para as crianças. A Alice Batista Marques da Silva, de 6 anos, aprendeu direitinho. “Agora eu sei que tem que ajudar quando ver alguém com dificuldade, respeitar”, explicou a estudante.
“Escrevi essa história há seis anos para apresentar de forma lúdica às crianças essas características que eles encontram em várias locais e muitas vezes não sabem lidar. Elas tiram bastante dúvida sobre o braille, bengala, cão guia, o que fazer para ajudar e assim fica mais fácil essa questão de acessibilidade”, finaliza a pedagoga.
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