Cruzeirinho
Contação de histórias diverte e também promove a inclusão
Sempre que ouvimos uma história, o lado criativo do cérebro começa a se movimentar. Quando ela tem muitos detalhes, podemos imaginar e criar as cenas ainda mais. Isso é tão legal, não é mesmo? E para as crianças o exercício da criatividade, unido a ensinamentos, é muito importante. Quem teve a chance de vivenciar isso foram os espectadores da apresentação do livro “Capim, o cavalinho verde”, no final de fevereiro, na Biblioteca Municipal de Sorocaba Jorge Guilherme Senger.
Lançado em 2019, o livro conta a história do cavalo Capim, que só queria um abraço amigo. Ao sair pelo mundo, deparou-se apenas com orgulho e vaidade, até que, um dia, encontrou Clorofi pelo caminho e sua vida mudou para sempre.
Entre as crianças que ali estavam, uma turminha muito especial: assistidos da Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (Asac), que ganharam descrições de cada cena e item usado, assim como o uso de objetos que emitiam sons característicos para a cena.
A Rebeka Vilharva Franco Lima, de 10 anos, contou que a parte que mais gostou foi quando pôde sentir os itens usados na contação. “O cavalinho tinha uma textura muito legal e as chaves também adorei tocar”, disse. Pela primeira vez na biblioteca, ela se considera muito criativa e gosta desse tipo de história, pois pode criar em sua cabecinha as cenas, assim como foi incentivada pelo tio.
As irmãs Maria Lucia e Julia Ariadny Sanches Alcalde, de 11 e 13 anos, respectivamente, assim como Rebeka, adoraram a história e acharam que a mensagem da amizade foi emocionante e aprenderam bastante. Ambas também gostam de literatura e sempre que podem frequentam a biblioteca que tem na Asac. “Amei vir aqui, virei mais vezes, se conseguir”, pontuou Maria Lucia.
“A literatura é um direto da pessoa e ela traz muitos benefícios, como a imaginação. Quando escrevo penso em coisas pessoais que traz sentimento, aprendizados que acabam se convertando para a criança em seu desenvolvimento”, explicou Angeles Paredes Toral, autora do livro e guia da contação de história.
O público ainda teve a oportunidade de participar de um bate-papo com a autora e, na sequência, uma visita guiada ao espaço inclusivo da Biblioteca, onde está à disposição um acervo de cerca de mil registros em braile, sendo livros impressos e audiolivros, além de jogos adaptados e os óculos “Orcam MyEye”, que permitem transformar textos escritos em descrição de áudio, conta com ampliador automático e scanner com voz “Sara”, que converte documentos impressos em áudio, para que a pessoa com deficiência visual tenha acesso ao conteúdo. (Thaís Marcolino)
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