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Cão-guia: uma relação de cumplicidade

18 de Fevereiro de 2023 às 21:31
Thaís Marcolino [email protected]
Lucas Mayetta e o seu cão-guia, o labrador retriever Elvis
Lucas Mayetta e o seu cão-guia, o labrador retriever Elvis (Crédito: CEZAR RIBEIRO (15/2/2023))

Talvez você já tenha visto um cachorro na função de cão-guia na rua e se questionado sobre isso. Ele é um cãozinho capaz de melhorar a vida de pessoas com deficiência visual em vários sentidos, e a relação entre o “dono” (ou tutor) e o bicho é linda e cheia de cumplicidade. O Lucas Mayetta que o diga!

Há dois anos a vida do auditor de sistemas mudou completamente ao receber o Elvis, seu cão-guia, através de um programa de treinamento para esse fim em Salto de Pirapora, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Antes, Lucas usava apenas a bengala para ter a percepção dos obstáculos e dependia, muitas vezes, das pessoas para auxiliá-lo em alguma tarefa. Com a chegada do seu cãozinho, tudo mudou. O Elvis o acompanha em tudo, desde as tarefas simples, como ir à padaria, até nas mais “complicadas”. É que o Lucas mora em São Paulo e vem a cada quinze dias para Sorocaba.

“Diferente do que muitas pessoas acham, ele (Elvis) é muito feliz no que ele faz, porque somos um time, nos complementamos. A minha vida melhorou drasticamente com ele. Por exemplo, se eu quiser ir no shopping, eu não dependo mais de alguém para me mostrar onde está o elevador, o cão me leva”, comentou Lucas.

A postura atenta observa qualquer detalhe ou perigo para o tutor - CEZAR RIBEIRO (15/2/2023)
A postura atenta observa qualquer detalhe ou perigo para o tutor (crédito: CEZAR RIBEIRO (15/2/2023))

Os cães-guias têm essas percepções de espaço graças ao treinamento que recebem. Quando o Elvis chegou para o Lucas, já estava praticamente pronto, só ficou faltando a adaptação da rotina, mas que logo foi resolvida.

Em casa, quando está sem a “roupinha da função”, o Elvis, da raça labrador retriever, se porta como outro cão “normal”. Mas quando percebe que vai sair, sua carinha muda, e a postura fica mais perceptiva e atenta para observar qualquer detalhe ou perigo para o dono.

“Ele não é um cão qualquer, ele é parte de mim, um não existe sem o outro. Essa relação vai até o fim da vida, porque, por mais que daqui seis anos ele se aposente da função de cão-guia, ele segue comigo e um outro cão vem para me guiar. O amor que eu tenho pelo Elvis é gigante.”, finaliza o auditor. (Thaís Marcolino)

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