Cruzeirinho
Máscara pronta e roupa escolhida: bora cair na folia!
Crianças de Sorocaba se divertem com oficina de máscaras e bailinho de Carnaval
“Ô abre alas que eu quero passar / ô abre alas que eu quero passar”. Essa com certeza é uma das músicas que qualquer folião, independente da idade, já ouviu. Isso porque ela é um clássico da época mais divertida e colorida do ano, o Carnaval. Mas, antes de curtir os mais diversos eventos que a data proporciona, temos que estar a caráter, não é mesmo? Uma das coisas mais tradicionais e que faz o sucesso com a garotada, além das fantasias, são as máscaras. E quando personalizadas, elas carregam aquele toque especial do pequeno folião.
Pensando nisso, para entrar no clima da época, a Secretaria da Cultura (Secult) realizou uma oficina de máscara na Biblioteca Municipal Jorge Guilherme Senger e o que não faltou no encontro foi criatividade e muito brilho para tudo que é lado. A Lavínia Vega Alves, de apenas dois aninhos, sabe muito bem do que estamos falando. É que ela não poupou a cola e os potinhos de glitter para fazer sua máscara cheia de estilo. Com a ajuda da mamãe Andreza, a pequenina se divertiu bastante.
Quem também não ligou de ficar com a mão toda brilhosa foi a Alice Ferraz Romão, de sete anos. Ela só não gostou como amou a atividade e saiu de lá com três novas máscaras para curtir o carnaval. Um dos adereços, inclusive, ganhou nome especial. “Eu fiz uma toda branca, a roxa e, claro, a de melancia. Eu dei esse nome pra ela porque tem as cores verde, vermelho e branco. Achei ela linda”, disse.
Participando pela primeira vez da atividade, a Alice teve a companhia de sua irmã, Ana Júlia Ferraz Romão. Para ela, o carnaval é fantástico por permitir um tipo de bagunça divertida e mexer com arte é algo que a estudante ama. “Gosto dessas coisas mais manuais porque traz uma sensação muito boa por saber que aquilo que estou usando teve minhas mãos na produção”, contou a estudante de 11 anos.
Se você está achando que só meninas participaram da oficina, os meninos também marcaram presença. O Miguel Cassandre dos Santos foi com sua mãe Gisele e produziu uma máscara cheia de amor ao Palmeiras -- paixão que herdou do pai. Ele escolheu a base verde antes de colocar o glitter e a cola e soltou a criatividade em seguida. Porém, para curtir o Carnaval, o pequeno de seis anos sai com o visual completo. Em celebrações passadas, por exemplo, uma das fantasias escolhidas foi a do cowboy Woody, da animação infantil Toy Story. “Gosto muito”, completou.
Depois da máscara pronta e roupa escolhida, bora cair na folia. Em Sorocaba, vários espaços tiveram programação para a criançada. Entre eles o shopping Iguatemi Esplanada, que, inspirado nos bailes de décadas passadas, criou o “Bailinho Iguatemi”. Nele, clássicas marchinhas de carnaval, oficina de máscara e brinquedos em um espaço todo decorado para a festa.
Muitas crianças se divertiram e dançaram bastante, mas se teve um item que fez sucesso foi a espuma. Esse, inclusive, foi o que Theo Manente França Pinheiro, de cinco anos, mais gostou e abusou. “Estava tudo animado, adorei tudo”, contou.
Para combinar com a época, muitos foliões foram fantasiados. Tinha gente de borboleta, abelha, super-herói, entre outros. Os irmãos Rafaela e Miguel Reche, de 11 e 8 anos, respectivamente, usaram fantasias do Mario Bros e líder de torcida. Para os dois, o carnaval é época de alegria e diversão. “Brincamos e aproveitamos muito, amamos”, disse Rafaela.
Dizem por aí que o Carnaval é tão divertido que, quando bem aproveitado, não se esquece nunca. Esse é o caso da Luísa Dias Neves Marcello, de 10 anos. Ela nos contou que tem “memória de Carnaval” desde os seis meis de idade. Tanto na época quanto agora, quem a leva para as festinhas é a avó e a mãe. “Adoro desde sempre. A data para mim significa festa, comemoração, e nessas festas eu sempre fico muito animada, feliz e agradecida pela oportunidade”, explicou.
Você conhece a origem da festa?
Hoje é domingo de Carnaval, e que essa festa é tradicional no nosso País e faz parte da história do Brasil, você já deve saber. Mas você sabe como ele começou e as mudanças que teve ao longo do tempo?
A festa foi trazida pelos colonizadores portugueses nos séculos 16 e 17, época em que não tinha esse nome. E o povo festejava nas ruas de uma maneira um pouco atípica: jogando lama, água e tinta nas pessoas. Com a influência européia, alguns anos depois surgiram os bailes de máscaras, que ainda existem por aqui.
Os já conhecidos como carnavalescos passam a desfilar nas ruas. No século 20 as pessoas passaram a contribuir e gostar da festa que, na década de 1930, ganharam o samba e os desfiles das escolas de samba -- elementos fundamentais do nosso carnaval “atual”. O sucesso foi tanto que, em 1984, o mais famoso sambódromo do País, no Rio de Janeiro, chamado de Sapucaí, foi inaugurado.
Desde então, o Carnaval foi ganhando ainda mais notoriedade, sem perder as suas características regionais. Afinal de contas, se tem uma coisa que é comum em qualquer lugar do Brasil, é a alegria. Então aproveite que até terça-feira ainda dá tempo para se divertir bastante! (Thaís Marcolino)
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