Olha o passarinho
Bico-de-lacre
Nome popular: Bico-de-lacre
Nome científico: Estrilda astrild (Linnaeus, 1758)
O bico-de-lacre é bem delicado e chama atenção pela “maquiagem” em tom vermelho, que forma uma máscara em sua face. Tem esse nome, porque, além de ser mascarado, possui um bico de cor laranja-vivo, que lembra um lacre antigo.
Foi introduzido no Brasil, provavelmente, durante o reinado de Dom Pedro I, vindo em navios portugueses, com o intuito de servir como pássaro de estimação. A partir de sua chegada, a espécie realizou uma bem-sucedida dispersão e colonização de novas áreas, o que permitiu ocupar boa parte do Brasil.
O macho e a fêmea são muito parecidos. Medem entre 10 e 13 centímetros de comprimento e possuem na base da cauda (por baixo) e em uma parte das penas que recobrem as asas, a cor preta no macho e a cor pardo-escura na fêmea. Ambos possuem, ainda, no ventre listras bem finas em tons vermelho e preto e a garganta lisa e esbranquiçada.
Alimenta-se de insetos e sementes, principalmente gramíneas, como capim-colonião e capim-elefante, que foram introduzidos no Brasil para a formação de pastagens. O bico-de-lacre vive em campos, pastagens e são comuns em terrenos baldios nas cidades. Gosta de aproveitar fontes artificiais de água para tomar banho e matar a sede.
Na época de reprodução, o macho canta em frente à fêmea, agitando a cauda para os lados e, neste momento também pode segurar um pedaço de capim no bico, o que podemos interpretar como um ritual para a construção do ninho. O ninho possui formato esférico ou oval, sendo construído em arbustos fechados, utilizando capim, penas de galinha e algodão. Ainda constroem uma passagem estreita para acessar o interior do ninho, que serve como proteção contra os predadores. O casal participa da incubação, geralmente de três ovos pequenos e brancos, que levam cerca de 13 dias para eclodir.
Faça sua parte
Quando for limpar um terreno baldio, procure observar se nele não há nenhum ninho do bico-de-lacre, para evitar danificá-lo ou colocar em risco os filhotes, já que ele gosta de viver e fazer ninho em capins, como o capim-colonião e o capim-elefante, como foi dito. Por isso, se encontrar um ninho, aguarde só mais algum tempo para limpar o terreno. Não custa nada e, assim, também podemos manter essa linda espécie nas redondezas.
Elaboração: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema)