Olha o passarinho
Tesoura-do-brejo
Esta bela ave tem uma cauda longa e bifurcada, que lembra uma tesoura, dando origem ao seu nome popular
Nome popular: Tesoura-do-brejo
Nome científico: Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818)
Esta bela ave tem uma cauda longa e bifurcada, que lembra uma tesoura, dando origem ao seu nome popular: tesoura-do-brejo. O macho chega a alcançar 42 centímetros, incluindo cauda, enquanto a fêmea mede cerca de 35 centímetros, pouco maior que uma régua escolar. Se você olhar bem a parte superior, verá que ela é cinzenta e tem as asas e a cauda pretas. A garganta é branca, contornada com uma faixa castanha (parecendo um babador). Pode ser confundida com a tesourinha (Tyrannus savana), que possui as partes inferiores brancas, a cabeça negra e as penas da cauda mais largas. Ao observar o seu bico, você verá que ele é fino e reto, de tom escuro.
Sua vocalização é composta por alguns chamados fortes, que podem ser ouvidos de longe. O mais chamativo é um “uirt!”, animado e barulhento, que lembra um soluço rouco.
A tesoura-do-brejo é comumente encontrada em áreas úmidas, como campos, pastos e brejos, que possuam moitas e pequenas árvores ao redor. Ela passa a maior parte do tempo empoleirada em taboas, embaúbas, pequenas árvores, além de mourões de cerca ou postes de iluminação. Alimenta-se, principalmente, de insetos e caça sobrevoando o banhado, à baixa altura, para capturá-los. Também é capaz de voar por longas distâncias atrás deles.
Durante a exibição, o casal de tesoura-do-brejo abre e agita as asas com entusiasmo, vocalizando juntos. As informações sobre sua reprodução ainda são pouco conhecidas, mas o que se sabe é que constroem ninhos em densos agrupamentos de capim no brejo, onde são postos três ovos.
Faça sua parte
Essa espécie depende de áreas de brejo para habitar, reproduzir e alimentar-se, por isso, é muito importante proteger esses locais, evitando a poluição desses cursos d’água e o desmatamento das matas ciliares, que são responsáveis por impedir que poluentes levados pelas enxurradas acabem caindo na água e, ainda, que o próprio solo caia na água, causando assoreamento.
Elaboração: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema)