Olha o passarinho
Japacanim
Nome popular: Japacanim
Nome científico: Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766)
O japacamim adora se exibir! É comum observá-lo no meio das taboas em áreas de brejo e várzeas. São curiosos e muito ativos, além de serem lindos, não acha?
Seus olhos amarelos chamam a atenção, destacando-se no capuz negro que cobre a cabeça e parte da nuca. A região ventral (barriga e peito) é creme com a garganta levemente alaranjada ou amarelada. Já, o flanco (região lateral abaixo das asas) tem um discreto barrado e a base da cauda por cima é ocre. Suas asas são curtas e arredondadas, com a coloração marrom-escuro e as pontas negras. A cauda é longa, marrom e possui as pontas brancas, que são visíveis durante o voo ou quando são abertas em forma de leque.
O japacanim mede cerca de 25 centímetros, tendo tamanho muito semelhante ao de um sabiá. Ele emite gritos fortíssimos, com o bico largamente aberto, com sons variados, como: “schrra-tschrra”, “krä-krä”, “bíäk-buík, bíä-buík”, “tzä-tzä-tzäà”, “tü-tü-tüà” e “gui-gui-guià”. O som “uit-uit-uit-uit-uità” se assemelha muito a um assobio, dando origem ao nome popular “assobia-cachorro”, que recebe em certas regiões.
Ele se alimenta de insetos, os quais procura no interior dos brejos e na superfície da água. É considerada uma espécie paludícola (gosta de lagoas e brejos), sendo facilmente encontrada em brejos, taboais, lagos, córregos, juncos e pastos úmidos, sempre com vegetação herbácea (por exemplo, capim) nas margens ou dentro da água.
A cerimônia de corte do casal é feita com ambos abrindo e fechando a cauda, e balançando lateralmente, além de emitir fortes gritos, sendo que a fêmea possui um canto levemente diferente, proporcionando um belo dueto entre eles. O ninho é parecido com um cesto profundo, enfaixado com teias de aranha, o qual é afixado mais próximo ao solo, em capim alto ou outras plantas, no brejo ou em suas margens. Os ovos possuem cor ferrugem clara e o período de incubação é de 17 dias. Os filhotes deixam o ninho com, aproximadamente, 20 dias de vida.
Faça sua parte
As aves paludícolas, como o japacanim, precisam dos ambientes aquáticos para a sua sobrevivência. Então, devemos cuidar desses ambientes, descartando o lixo no local correto, protegendo as matas ciliares que evitam a erosão e o assoreamento e também economizando água, para que ela não falte, no futuro, para nós humanos e para os animais.
Elaboração: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema)