Nome popular: saí-andorinha
Nome científico: Tersina viridis (Illiger, 1811)

É uma ave comum em cidades brasileiras! Apresenta o comportamento de pousar em galhos altos e isolados, ficando com o corpo ereto e, pelo seu tamanho, assemelha-se a uma andorinha, por isso o seu nome popular.

O macho dessa espécie tem o corpo em azul-royal e detalhes negros na ponta das asas. Sua barriga é branca-alva, em formato de V invertido e com o peito azul-royal. A parte lateral da barriga (flancos) possui listras negras e azuis. Se observar atentamente, é possível ver que as penas brancas da barrida são menores que as penas azuis, e isso faz com que a ave pareça estar usando um colete aberto, da cor azul. Apresenta uma máscara negra que se estende da face até a garganta. O bico é preto e os olhos são avermelhados. A fêmea possui padrão semelhante, mas, em vez de azul, a coloração é verde-clara, sem máscara, com olhos negros e bico cinza. O pássaro jovem apresenta plumagem igual à da fêmea, mas se for macho, conforme vai ficando mais adulto, a plumagem pode mudar para um padrão intermediário entre macho e fêmea, com partes verdes e outras azuis. Costuma ter em torno de 14 cm de comprimento. O canto da saí-andorinha é um som bem metálico, semelhante a um “psiiiiiii... psiiiiiii...”. Tem um forte chamado metálico de contato, sendo, muitas vezes, ouvido antes da primeira visualização.

Vive nas bordas de matas, mas também pode ser encontrada em cidades, nos parques, nas praças e nos jardins. Alimenta-se de frutos e insetos. Pode consumir mais insetos no verão (época de chuvas), por conta da abundância dessas presas, e mais frutos no inverno, quando busca os frutos da época. O tamanho e formato do bico e da cabeça (bico largo na base e cabeça achatada) ajudam a saí-andorinha na coleta de frutos, pois consegue pegar os maiores ou vários ao mesmo tempo, para engolir em poleiros próximos. Quando consome frutos com semente muito grande, são engolidos inteiros. A polpa é removida no esôfago e, posteriormente, a semente é cuspida para fora pelo bico (regurgitada). É a principal apreciadora dos frutos da magnólia-amarela (Michelia champaca), chegando a realizar migrações a determinadas regiões quando em busca da frutificação dessa planta, que é exótica e muito utilizada na arborização urbana de algumas cidades brasileiras. Só lembrando que migração é quando um animal vai de um lugar para outro, geralmente fugindo de clima adverso (frio intenso) e atrás de alimento, retornando após a reprodução e repetindo isso sempre na mesma época do ano.

Seu ninho é semelhante ao das andorinhas, escavam galerias em barrancos (ou ocupam ninhos abandonados de andorinha e outras aves que fazem ninho em barrancos). Constroem o ninho em forma de tigela, no fundo delas (podem ser chamadas de saíra-buraqueira por causa disso). A fêmea faz o ninho, choca os ovos de cor branco-pura (põe de três a quatro) por cerca de 15 dias e cuida dos filhotes que saem do ninho por volta de 21 dias após nascerem, enquanto o macho cuida da segurança (como uma sentinela).

Faça a sua parte

Como a saí-andorinha gosta muito de frutos, que tal plantarmos mais árvores que produzam frutos nos nossos quintais, nos jardins e nas praças? Assim, poderemos oferecer mais alimento para essa ave tão linda e a manteremos sempre por perto. Que tal essa ideia?

Elaboração: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema)