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Fab Lab coloca a tecnologia ao alcance de crianças e adolescentes

Robótica, lógica e ciência: tudo isso faz parte da cultura maker, cada vez mais presente em nosso dia a dia

05 de Dezembro de 2021 às 00:01
Jéssica Nascimento [email protected]
Ônibus PTS na Escola é uma extensão do Fab Lab que leva atividades às unidades escolares.
Ônibus PTS na Escola é uma extensão do Fab Lab que leva atividades às unidades escolares. (Crédito: JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021))

Já pensou em criar e desenvolver projetos sozinho ou em grupo utilizando equipamentos sofisticados e tecnológicos? Isso é possível com o movimento maker, que tem conquistado crianças, adolescentes e adultos com a cultura do “faça você mesmo”. O principal objetivo é explorar as tecnologias para tirar as ideias do papel e transformá-las em protótipos e produtos. Essa nova forma de incentivar o compartilhamento de conhecimento, a invenção e a inovação tem ganhado cada vez mais espaço no dia a dia das escolas.

Em Sorocaba não é diferente, ainda mais agora em que os alunos da rede municipal de ensino contam com o Fab Lab do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), um laboratório que oferece recursos para a realização de projetos voltados às áreas de soluções digitais e engenharia robótica. O espaço, que foi reinaugurado recentemente, conta com várias ferramentas, como aparelhos eletrônicos, impressora 3D, máquina de corte a laser, fresadora de mobília e muitos outros equipamentos. E a melhor parte é que os alunos têm acesso a tudo isso para criar protótipos e desenvolver atividades.

Alunos do 6º ano do Achilles de Almeida criaram protótipos de soluções para a vida fora da Terra. - JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021)
Alunos do 6º ano do Achilles de Almeida criaram protótipos de soluções para a vida fora da Terra. (crédito: JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021))

A primeira turma a estrear o laboratório foi a dos alunos do 6º ano da Escola Municipal Achilles de Almeida. Durante quatro encontros, os estudantes trabalharam com a cultura maker, além de atividades de lógica, ciência e robótica. O Cruzeirinho acompanhou a última aula da turma. Divididos em quatro grupos, os estudantes criaram protótipos de soluções para a vida fora da Terra. Teve projetos para os seres humanos viverem em Marte, Netuno e Urano.

Rafaela Passos, 15 anos. - JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021)
Rafaela Passos, 15 anos. (crédito: JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021))

O grupo das alunas Manuella Teodoro da Palma, de 12 anos, Jéssica Eduarda Silva Oliveira, de 12 anos, Rafaella Depman, de 12 anos e Milena Amaral Gomes, de 11 anos, se inspiraram na casa da Sandy, personagem do desenho Bob Esponja. “Ela mora em uma bolha, dentro do oceano. Aí tivemos essa ideia, em Urano”, contam. Para as meninas, criar os projetos no Fab Lab foi uma experiência diferente e incrível. “Na escola não temos isso. Fizemos tudo com material reciclado e usamos uma cortadora a laser. Amamos o resultado final”, completam.

Já os alunos Carlos Gabriel da Silva Rosa, de 12 anos, Samuel Nogueira dos Santos, de 11 anos, e Miqueias Carneiro Andrade, de 12 anos, criaram um projeto de foguete, chamado Focasa, nome que veio da junção de foguete e casa. Mais do que uma moradia, os meninos desenvolveram um projeto para a produção de alimentos em Netuno, como alface e cenoura. Encantados com a estrutura do laboratório, o grupo adorou participar das atividades. “Foi maravilhoso e muito legal. Vamos sentir saudades”, lamentam ao dizer que as quatro aulas passaram muito rápido.

Tablets ensinam conceitos de programação à garotada. - JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021)
Tablets ensinam conceitos de programação à garotada. (crédito: JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021))

Além do laboratório, os alunos ainda contam com o ônibus itinerante PTS na Escola, uma extensão do Fab Lab que levará as atividades até as unidades escolares. Desta vez, foram os estudantes do 9º ano da EM Achilles de Almeida que receberam o ônibus na porta da escola. Dentro do veículo, que conta com tablets, placas e vários equipamentos tecnológicos, os alunos aprenderam sobre programação e robótica. Uma das atividades era simular o som da sirene de uma ambulância.

Felipe Franco, 15 anos. - JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021)
Felipe Franco, 15 anos. (crédito: JÉSSICA NASCIMENTO (2/12/2021))

O Felipe Franco, de 15 anos, adorou ter contato com esse universo digital, ainda mais dentro de um ônibus. “Achei muito bacana. Ajuda no futuro caso a gente queira seguir nessa profissão. É um pouco difícil, mas bem interessante”, frisa. A Rafaela Passos, de 15 anos, diz que é bem diferente aprender dentro de um ônibus. “Achei que programação seria mais difícil, gostei bastante. É uma experiência para o currículo”, finaliza, ao dizer que as aulas foram “incríveis”. (Jéssica Nascimento)

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