Buscar no Cruzeiro

Buscar

Eu já li

É preciso amar as pessoas

Artigo escrito por Vanessa Marconato Negrão

31 de Outubro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: DIVULGAÇÃO)

Empatia: Se colocar no lugar do outro, buscando agir ou pensar do modo como a outra pessoa pensaria ou agiria. Aptidão para se identificar com o outro, sentindo o que ele sente. A empatia se manifesta nas crianças desde a mais tenra idade, quando um bebê começa a chorar após ouvir outro chorando. Com esse comportamento a criança parece querer dizer que percebe o outro e sabe que ele está passando por uma situação difícil. Embora essas situações aconteçam durante a convivência das crianças, a medida em que elas se relacionam, é sempre bom valorizar a empatia e mais que isso, conduzi-las nesse caminho.

Foi essa a intenção da autora Evelise Pimenta ao escrever “Eu te dou os meus sapatos”, publicado pela Lura Editorial. É comum fazer essa analogia quando o que se quer dizer é “não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você”. Para respeitar essa regra, é preciso estar disposto a calçar o sapato alheio.

Evelise dedica o livro aos filhos, numa amorosidade materna de quem deseja conduzi-los pelo melhor caminho possível: “Que vocês sempre pensem nas consequências dos atos antes de agirem. Calçar os sapatos antecipadamente certamente fará de vocês pessoas mais felizes e que trarão felicidade a todos que os cercam.”

A autora traz uma mensagem valiosa, de que os adultos também precisam se colocar no lugar das crianças e tentar olhar o mundo sob a perspectiva delas. Considerando seus sentimentos e permitindo que elas se expressem sempre que quiserem. Dar-lhes a vez e ouvir suas vozes. As encorajando a serem elas mesmas, sem se envergonhar. Humanizando-as para que cada atitude seja pensada, especialmente quando outras pessoas estão envolvidas, de modo que ninguém saia machucado. Se conseguirmos dispor de toda essa coerência, daqui a algumas gerações teremos adultos que acolhem uns aos outros e por consequência disso serão mais felizes.

Vanessa Marconato Negrão é professora e apaixonada por literatura infantil.