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O que você encontra na casa de seus avós?

Pode haver um museu cheio de histórias, memórias e saudades bem pertinho de você!

22 de Agosto de 2021 às 00:01
Jéssica Nascimento [email protected]
Maria, de 8 anos, e Janaina Dias, de 6, acharam um álbum de fotos do vovô.
Maria, de 8 anos, e Janaina Dias, de 6, acharam um álbum de fotos do vovô. (Crédito: CORTESIA)

Não existe museu no mundo como a casa dos nossos avós. Você já parou para observar quanta coisa legal e diferente encontramos no lar dos nossos vovôs e vovós? Álbuns com fotografias em preto e branco, cédulas de dinheiro que já nem existem mais e até objetos que são passados de geração em geração. Todas essas relíquias fazem parte da história da nossa família. Por isso, muita gente considera a casa dos avós um museu, cheio de histórias, memórias e saudades.

Mais do que simples objetos, esses itens nostálgicos, centenários talvez, guardam memórias afetivas. Por trás de cada relíquia existe uma história interessante. E a melhor parte é ouvir esses fatos dos nossos avós. É por esse motivo que as irmãs Maria Santana Dias, de 8 anos, e a Janaina Santana Dias, de 6 anos, gostam de frequentar a casa dos avós. Durante as visitas, as meninas conhecem um pouco mais a história da família. Uma vez, as duas acharam até um álbum de fotos do avô, de quando ele ainda era uma criança. No álbum, as pequenas conseguiram ver toda a família do avô. “Tinha o vovô, a mãe do vovô e até a bisa”, contam.

De acordo com as meninas, as máquinas de antigamente são bem diferentes das que temos hoje. “As fotos eram diferentes, todas em preto e branco. Agora as fotos são coloridas. A gente revela bem pouco”, destaca Maria, que está no 2º ano do Ensino Fundamental 1. Agora, as irmãs dizem que as fotos ficam no celular. “A gente tem filtros, e pode colocar do jeito que quiser. Antigamente não tinha filtro”, diz Janaina, que está no ensino infantil.

Além das fotos, as irmãs também encontraram um fogão a lenha na casa da bisavó. “Ela não tem fogão, por isso que ela usa o fogão a lenha”, conta Maria. Porém, Janaina ainda nunca viu a bisa fazendo comida nesse fogão. “Quando ela foi cozinhar, eu fui lá fora e senti um cheiro de fumaça”, conta. Lá, as duas também encontraram uma máquina de escrever. “Hoje ninguém usa. Só quem não tem celular. Acho que as pessoas usam para fazer cartinha”, contam.

Davi Garcia de Freitas, de 8 anos, aprendeu xadrez com o avô Sergio Augusto Garcia. - CORTESIA
Davi Garcia de Freitas, de 8 anos, aprendeu xadrez com o avô Sergio Augusto Garcia. (crédito: CORTESIA)

O Davi Garcia de Freitas, de 8 anos, que está no 3º ano do Ensino Fundamental 1, também gosta de ir para a casa dos avós, visitá-los. O menino até fica emocionado ao ver as coisas que o avô guarda dos filhos, como os brinquedos de seu tio. “Eu penso: será que meu pai vai ficar assim quando eu for adulto”, questiona ao imaginar que o pai também vai guardar seus brinquedos quando ele crescer. Entre os brinquedos antigos que encontrou, está uma bola de futebol, da época em que o tio era uma criança. “Ela está guardada até hoje”.

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(crédito: DIVULGAÇÃO)

O avô de Davi também tem uma máquina de escrever. “Eu brincava com ela. O problema é que ela quebrou”. Muito curioso, Davi gosta de vasculhar objetos na casa dos avós. “Eu vejo uma coisa antiga e já penso que quero usar”. Na casa do avô, Davi gosta de jogar xadrez em um tabuleiro de madeira. “Ele guarda por muitos anos. Eu jogo com o meu vô e com o meu pai. Uma vez eu estava jogando xadrez e meu vô comeu a própria peça no jogo. Eu achei divertido”.

Já na casa da avó, o menino encontra fotos antigas. “A minha vó já me mostrou muita foto do meu pai, e eu pergunto muitas coisas”, lembra. Na pandemia, com as medidas de distanciamento social, Davi sentiu falta de frequentar a casa dos avós. “Eu acho importante as crianças manterem contato com os avós, elas podem ver as coisas, para os avós contarem como era a vida deles antes, quando eram mais novos”.

Vasculhar objetos como estes na casa dos avós pode render descobertas muito interessantes. - DIVULGAÇÃO
Vasculhar objetos como estes na casa dos avós pode render descobertas muito interessantes. (crédito: DIVULGAÇÃO)

A Luisa Campanini de Oliveira, de 10 anos, também adora frequentar a casa de seus avós. E a pequena encontra muitas coisas diferentes por lá. “Tudo que eu preciso eu sei que tem lá”. Entre os objetos encontrados, ela destaca os relógios. “Tem muitos de parede. E hoje em dia a gente vê horas pelo celular, não usa tanto relógio”, compara.

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(crédito: DIVULGAÇÃO)

Matriculada no 5º ano do Ensino Fundamental 1, Luísa fica impressionada com a modernização dos objetivos com o passar do tempo. “O meu vô tem uma máquina de escrever e me chama a atenção como mudaram as teclas, as tintas, comparando hoje em dia com o computador. Mudou muita coisa. Se errava antes, perdia tudo”, destaca ao dizer que o processo é bem mais moderno atualmente. Isso porque, segundo Luísa, o tempo mudou e as coisas foram mudando também. “A tecnologia impactou muito nessas mudanças”.

Entre as relíquias encontradas por Luisa, também está um quadro cheio de cédulas antigas. “Meu bisavô colecionava dinheiro. Esse quadro tá passando de geração em geração. Passou do meu bisavô para o meu avô, que passou para o meu pai e o meu tio. E logo logo vai ser meu e do meu irmão”, conta. Luísa gosta de explorar a casa dos avós. E acredita que todas as crianças deveriam fazer isso. “Você pode ver como as coisas eram antigamente e comparar. É uma experiência muito legal”, finaliza. E você, também gosta de desbravar objetos e relíquias na casa dos avós? (Jéssica Nascimento)

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