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Mais resultados, menos custos

08 de Setembro de 2019 às 00:01

Mais resultados, menos custos Todos os revestimentos dessa varanda são originais da construtora e, por regras do condomínio, não podiam ser modificados. Crédito da foto: Luís Gomes / Divulgação

A compra de um novo apartamento implica em muito mais decisões do que se imagina. Ao receber as chaves da construtora, abrir as portas para o vazio dos ambientes e, imaginá-lo decorado de acordo com os sonhos cultivados por tantos meses de espera, o coração do novo dono se enche de alegria. Mas, ao mesmo tempo, surgem algumas dúvidas sobre a escolha do profissional certo para seguir à frente do projeto e da obra e, principalmente, sobre a parte financeira. Afinal, como fazer para chegar ao resultado esperado sem gastar mais do que pode?

Pensando nisso, os arquitetos Renato Andrade, Erika Mello e Pati Cillo mostram como muitos pontos de um apartamento entregue pela construtora podem ser reaproveitados no projeto. Os profissionais revelam seus olhares sobre o entendimento e reaproveitamento de materiais originalmente escolhidos e padronizados pelo construtor.

1) Primeiro passo: momento da observação

Mais resultados, menos custos Como a varanda fica à mostra na fachada, os profissionais mantiveram os revestimentos originais -- e o resultado foi dos melhores. Crédito da foto: Luís Gomes / Divulgação

Ao receber o imóvel pronto, morador e o profissional devem observar todos os detalhes com atenção apurada. A arquiteta Erika Mello indica avaliar os acabamentos e revestimentos de pisos e paredes, testar torneiras e vasos sanitários, conferir o caimento do banheiro para o ralo, quadro elétrico, tomadas e interruptores. “Aconselho também uma inspeção apurada nos caixilhos, portas e janelas para atestar se foram instaladas corretamente e se fazem o movimento normal de abrir e fechar”, diz Pati Cillo.

O memorial descritivo fornece para o comprador a lista completa dos materiais e os respectivos fornecedores utilizados para a realização da obra. Com esse escopo em mãos, a validação sobre a qualidade e a origem do produto ajuda a validar sua permanência ou não no imóvel e dores de cabeça no futuro. “Essa etapa colabora muito na economia financeira e de tempo para o morador habitar seu novo lar”, ressalta Erika.

2) Acabamentos Originais x Decoração

Mais resultados, menos custos O branco nas paredes é padrão no dormitório, assim, foi alinhado com a decoração do apartamento. Crédito da foto: Eder Lizer / Divulgação

As construtoras entregam os apartamentos com acabamentos padronizados e determinam o que não pode ser modificado. O arquiteto Renato Andrade afirma que a fachada de um apartamento é a parte mais complicada para ser trabalhada, já que os revestimentos ficam à mostra. Mas é possível alinhar o acabamento original, que geralmente adentra a varanda, com uma decoração ao estilo do morador.

Dentro da futura residência, os tons neutros prevalecem na entrega do apartamento. Após a avaliação sugerida no passo anterior, é possível aproveitar o revestimento empregado no piso e nas paredes dos ambientes. O profissional de arquitetura parte desse ponto para continuar na escolha das peças a serem utilizadas no décor.

Todos os profissionais concordam que é também usual conservar as bancadas de cozinha e banheiros. “Caso a cozinha mude de lugar ou o projeto demande uma bancada maior, conseguimos incorporar a original e contratar uma empresa especializada para completar a parte faltante”, acrescenta Erika.

3) Economia de dinheiro e tempo

Mais resultados, menos custos A bancada original do banheiro foi outro elemento que pôde ser mantido no projeto pela profissional. Crédito da foto: Eder Lizer / Divulgação

A arquiteta Pati Cillo garante que indicar o que pode ser mantido na obra faz com que o cliente reforce sua confiança com o profissional contratado. Tanto ela, como Renato e Erika são enfáticos em destacar que a transparência e a consciência são fundamentais nessa vivência com proprietário do imóvel.

Além da parte financeira, o reaproveitamento de materiais se traduz em consumo consciente e sustentável. “O quebra-quebra de um piso sem critérios, apenas por querer trocar, deve ser evitado, já que essa medida produz um lixo desnecessário e provoca impacto ambiental”, finaliza Renato.

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