Ilusões de ótica liberam a criatividade na decoração
Revestimento Akira, da Eliane, é inspirado em origamis. Crédito da foto: Divulgação
As ilusões de ótica nas formas e cores não são novas. Existem na decoração de interiores desde pelo menos o século 19. Esse tipo de “truque” faz algo parecer o que não é. Bem equilibrada, a ilusão de ótica enriquece ambientes e é mais comum em revestimentos, pinturas, móveis, utensílios e objetos de arte.
A ilusão de ótica embaralha o sistema visual humano, fazendo com que você veja algo que não existe ou então por outra percepção. As artes começaram a utilizar essa expressão através do movimento Op Art (Optical Art Arte Ótica), que teve seu auge na década de 1960, nos Estados Unidos.
Piso vinílico Sintra, da Tarkett, explora jogo de formas. Crédito da foto: Divulgação
A primeira exposição no Museu de Arte Moderna (Moma), intitulada “The Responsive Eye” (O Olho que Responde), ocorreu em Nova York, no ano de 1965, criada por William C. Seitz, e que faz sucesso até hoje. Inspirado pelos recursos visuais, principalmente a ilusão de ótica, esse movimento que expressa a mutabilidade do mundo e suas ilimitadas possibilidades.
O movimento foi considerado uma variação do expressionismo abstrato, sendo seu precursor o artista húngaro Victor Vasarely, na década de 30. Outros artistas que merecem destaque na Op Art são: Larry Poons, Yaacov Agam, Bridget Riley e Youri Messen-Jaschin, Tony Delap, Josef Albers e Heinz Mack.
Cores e profundidade
Luminária Newton - a maçã no alto e a lei da gravidade. Crédito da foto: Divulgação
A escolha das cores para o piso, as paredes e o teto de um ambiente, além de proporcionar diversas sensações, criam efeitos óticos. As cores têm o poder de causar impressões de calor (vermelho) ou frio (azul), por exemplo.
Também ressaltam profundidade e evidenciam volumes, ampliando ou reduzindo as dimensões de um cômodo. Quanto ao clima, de modo geral, tons claros se assentam melhor em regiões quentes, pois não retêm calor.
O teto e as paredes em cores claras dão a sensação de amplitude ao ambiente. Crédito da foto: Divulgação
Se você quer amplitude, a impressão de um espaço maior, invista em um piso escuro, em oposição às paredes e teto de cores claras. Também é uma ótima maneira de obter definição espacial. Cores escuras em todas as superfícies não são recomendadas para espaços pequenos. Para alongar um cômodo, a alternativa é combinar paredes escuras com teto e piso claros, criando “linhas horizontais” que realçam o efeito.
Nuances claras no piso, parede de fundo e teto, junto a paredes laterais escuras, estreitam e aprofundam o ambiente, dando a sensação de um pé-direito mais alto. Por outro lado, se a intenção é “rebaixar” o teto, opte por tons claros somente no piso e na parede de fundo.
Formas e texturas
Revestimento Paleo, da Decortiles, e suas linhas impressionistas e hipnotizantes. Crédito da foto: Divulgação
Entre os revestimentos, como porcelanatos, azulejos, as variações de formas e texturas são bem diversas e reproduzem também efeitos tridimensionais. Combinados com obras de arte, criam uma atmosfera lúdica e inspiradora.
Veja alguns exemplos contemporâneos - de várias marcas -- de ilusões de ótica em objetos, estampas, revestimentos e formatos que exploram a percepção ótica humana.
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